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Bancos e seguradoras estão insatisfeitos com dados para prevenção de crimes financeiros

Bancos e seguradoras estão insatisfeitos com dados para prevenção de crimes financeiros / Foto: Jefferson Santos / Unsplash Images
Foto: Jefferson Santos / Unsplash Images

Problemas de qualidade dos dados são diversos como inconsistência, falta de padronização, fontes não confiáveis e acessibilidade difícil, aponta estudo da EY

Mais da metade das instituições financeiras – o equivalente a 51% – não está satisfeita com a qualidade dos dados utilizados para prevenção de crimes financeiros. Das questões relatadas, 26% se relacionam com dados capturados incorretamente. Os problemas dos dados vão muito além da inconsistência, apresentando, ainda, falta de padronização, fontes não confiáveis e acessibilidade difícil por causa de sistemas legados complexos, controles deficientes de captura de dados e falta de investimento em recursos de dados.

As constatações fazem parte de estudo da EY sobre maturidade dos programas de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo (PLDFT), que contou com a participação de 53 instituições dos mercados financeiro e de seguradora. Dessas, 41 atuam somente no Brasil, representando 77% da amostra – o restante (23%) reúne instituições atuantes nos demais países da América Latina.

A pesquisa foi conduzida pela primeira vez no Brasil após dois anos da entrada em vigor das novas regulamentações do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). O formulário eletrônico foi respondido pelas participantes entre os meses de outubro e dezembro de 2022.

Essas normas de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo definem processos e mecanismos de controle para as instituições financeiras, com o objetivo de evitar o uso do sistema financeiro para crimes de lavagem de dinheiro. Dados de baixa qualidade comprometem a eficácia do controle desses crimes, o que impacta sua detecção e posterior tomada de decisão pela instituição.

Ainda assim, apesar da deficiência relatada nos dados, 53% das instituições ouvidas classificaram como alta a maturidade da sua avaliação interna de risco. Já 19% disseram que é muito alta, enquanto 25% definiram como média. Sete em cada dez consideraram alta ou muito alta a maturidade dos seus mecanismos de monitoramento de operações e situações suspeitas.

Leia aqui o estudo na íntegra.

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