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Bernard Biolchini: as diferenças de empreender no Brasil ou na Europa

Bernard Biolchini, CEO do Grupo Pentagonal Seguros / Divulgação
Bernard Biolchini, CEO do Grupo Pentagonal Seguros / Divulgação

Colunista do Universo do Seguro detalha visão sobre cenário econômico do Brasil e oportunidades existentes para o desenvolvimento de negócios em outros países

Empreender no Brasil e na Europa apresenta algumas diferenças significativas. A primeira diferença é o tamanho do mercado. O Brasil é o nono maior mercado do mundo, enquanto a Europa é composta por vários mercados menores, cada um com suas próprias características. Isso significa que, enquanto empresas brasileiras podem ter uma base de clientes mais ampla, as empresas europeias precisam se concentrar em nichos específicos.

Outra diferença é a regulamentação. O Brasil é conhecido por ter uma burocracia complexa e regulamentação pesada, o que pode dificultar o início de uma empresa. Por outro lado, a Europa tem uma regulamentação mais simplificada e uma cultura empresarial mais sólida, o que pode ser benéfico para empresários.

Além disso, o acesso ao capital também é diferente entre os dois continentes. O Brasil tem um mercado de capitais menos desenvolvido, o que significa que as empresas precisam se esforçar mais para conseguir financiamento. Já na Europa, há uma maior variedade de fontes de financiamento disponíveis, incluindo bancos, investidores anjos e fundos de venture capital.

Por fim, a cultura empresarial é outra diferença significativa entre o Brasil e a Europa. O Brasil tem uma cultura mais conservadora e menos propensa ao risco, enquanto a Europa tem uma cultura mais inovadora e propensa ao risco. Isso pode afetar a forma como as empresas são administradas e a forma como os negócios são conduzidos.

Em resumo, empreender no Brasil e na Europa tem suas diferenças significativas, incluindo o tamanho do mercado, regulamentação, acesso ao capital e cultura empresarial. Empresários devem estar cientes dessas diferenças ao planejar e executar suas estratégias empresariais.

Empreendedor brasileiro atuando no exterior, o CEO do Grupo Pentagonal Bernard Biolchini lamenta que os conterrâneos ainda tenham o chamado “complexo de vira-lata”. “Por isso, poucos têm a coragem de dar este passo rumo à atuação em outros países”, acrescenta.

“Pela competência e toda a resiliência que um empresário ou executivo brasileiro é obrigado a ter, deveria ser algo muito normal para os europeus verem empresas brasileiras atuar no exterior”, exemplifica o executivo ao demonstrar que no mercado brasileiro a maioria dos clientes enxerga o preço como o grande pilar da negociação, seja de um serviço ou de um produto. “Na Europa, o preço é levado em consideração, mas a qualidade do produto ou serviço são equivalentes na decisão. Isso exige bem mais de um comercial”, pondera.

Cenário da economia brasileira

O panorama da economia brasileira é complexo e está sujeito a flutuações. Nos últimos anos, o país enfrentou diversos desafios econômicos, como a queda do PIB, a inflação elevada e o desemprego crescente. A pandemia de COVID-19 também teve um impacto significativo na economia do Brasil, causando uma recessão econômica e aumentando a dívida pública.

No entanto, o país tem uma base econômica sólida, com uma forte indústria de serviços e uma agricultura diversificada. A mineração e a indústria de petróleo também são importantes para a economia brasileira.

O setor de serviços é o mais importante da economia brasileira, representando cerca de 70% do PIB. O setor de comércio também é importante, juntamente com a indústria de construção e a indústria de manufatura. A agricultura é outro setor importante, com o Brasil sendo um dos principais produtores mundiais de soja, café, açúcar e carne.

A economia brasileira é fortemente dependente do comércio internacional, especialmente com os países da América Latina e da União Europeia. As exportações de bens e serviços representam cerca de 30% do PIB.

No geral, o panorama da economia brasileira é desafiador, ainda existem muitos desafios a serem enfrentados, incluindo a inflação, a desvalorização cambial, a dívida pública e a necessidade de reformas estruturais. “O Brasil é uma Ferrari de freio de mão puxado, mas infelizmente quem puxa este freio são os próprios brasileiros. Precisamos de investimentos, mas – antes de tudo – precisamos parar de travar o freio”, diz Bernard ao comentar que o novo governo pode ter assustado o mercado financeiros com declarações recentes sobre a economia. Ele classifica como integrantes do mercado financeiro “desde os grandes players da economia mundial até o sujeito que aplica R$ 100 por mês em qualquer ativo”. “O potencial de crescimento do país vai depender do governo atual acalmar o mercado”, analisa.

A favor do empreendedorismo

O empreendedorismo é visto como uma forma de criar empregos e gerar riqueza, e isso é especialmente verdadeiro em épocas de crise financeira. Quando a economia está passando por dificuldades, as empresas tradicionais podem enfrentar dificuldades para se manter, o que pode levar ao desemprego e à redução da renda. No entanto, o empreendedorismo pode oferecer uma saída para esses problemas.

Em primeiro lugar, o empreendedorismo pode ajudar a criar novos empregos. Empresas iniciantes precisam de pessoas para ajudá-las a crescer e se desenvolver, e esses empregos podem ser criados mesmo em épocas de crise. Além disso, as empresas iniciantes têm mais flexibilidade para se adaptar às mudanças econômicas do que as empresas estabelecidas, o que significa que elas podem ser mais capazes de manter seus empregos em tempos difíceis.

Em segundo lugar, o empreendedorismo pode ajudar a diversificar a economia. Quando a economia está dependente de poucos setores, ela pode ser mais vulnerável às mudanças econômicas. No entanto, o empreendedorismo pode ajudar a criar novos setores e novos mercados, o que pode ajudar a tornar a economia mais resistente às crises.

Em terceiro lugar, o empreendedorismo pode ajudar a gerar riqueza. Empresas iniciantes podem oferecer novos produtos e serviços, o que pode ajudar a aumentar a renda das pessoas e aumentar o consumo. Além disso, as empresas iniciantes podem se transformar em empresas estabelecidas, o que pode ajudar a gerar riqueza a longo prazo.

“Minha dica é sempre a favor do empreendedorismo, ou seja, as crises só devem moldar os projetos, mas empreender é sempre bom”, ressalta Bernard Biolchini.

Bernard Biolchini, CEO do Grupo Pentagonal Seguros

Por fim, é importante destacar que o empreendedorismo não é uma solução mágica para os problemas econômicos, mas ele pode ser uma parte importante da solução. Ele pode oferecer oportunidades de emprego e de crescimento econômico, e pode ajudar a diversificar a economia e aumentar a renda das pessoas. Portanto, é importante apoiar e incentivar o empreendedorismo, mesmo em épocas de crise financeira.

“É como uma fábula que meu pai me contava: dois vendedores de sapatos que foram enviados a um país distante, dois meses depois, cada um enviou uma carta para o dono da fábrica. O primeiro dizia: me envie a passagem de volta, pois aqui ninguém usa sapato, já o segundo dizia: aumente a minha estadia no hotel pois aqui ninguém tem sapato”, conclui o empresário.

Bernard Biolchini é CEO do Grupo Pentagonal Seguros e integra a Associação Portuguesa de Seguradoras. Auxiliando empreendedores a realizarem o sonho de ter qualidade de vida com lucratividade, o executivo conta com expertise em blockchain e é associado – através da Pentagonal – da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

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