A economia brasileira gerou 1,56 milhão de vagas formais de emprego de Janeiro a Julho deste ano. O dado foi divulgado pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Em Julho, último mês do levantamento, o Brasil criou 218,9 mil empregos com carteira assinada. Em 2021, no mesmo mês foram gerados 306,5 mil empregos formais. Já em julho de 2020, em meio ao isolamento da primeira onda da Covid-19, foram abertos 108,4 mil empregos com carteira assinada.
“Apesar da pandemia ter impactado em cheio, a retomada do Brasil está acontecendo, seja por investimento exterior e pelo incentivo econômico feito pelo Governo Federal que faz o consumo e a demanda por serviços aumentarem”, comenta Richard Clayton, especialista em gestão de negócios e planejamento tributário
O número do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de Julho de 2022 mostram que foram criados 81.873 empregos no setor de serviços, 50.503 no de Indústria, 32.082 em Construção, 38.573 no Comércio e 15.870 em Agropecuária.
“Para mensurar o crescimento de um país, se faz necessário identificar os setores que mais ajudam nisso e a divisão entre serviço, comércio, indústria e construção auxiliam neste quesito”, diz Richard.
No acumulado do ano, o número representa um recuo na comparação com o mesmo período de 2021, quando foram criadas 1,79 milhão de vagas.
Para o ministro do Trabalho e da Previdência, José Carlos Oliveira, o saldo é positivo. O ministro lembrou que tinha previsto, no início deste ano, a criação de 1,5 milhão de vagas em 2022 fechado, número que já foi superado nos sete primeiros meses deste ano. “Isso faz com que a gente possa projetar um número maior”, afirmou.
Os dados do Caged não incluem os empregos informais, isto é, sem carteira assinada. Os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).
Entretanto, Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 9,3% no trimestre encerrado em junho, sendo o menor patamar para um segundo trimestre desde 2015, quando ficou em 8,4%. Ainda 10,1 milhões de pessoas no Brasil não têm emprego.