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Câmara homenageia o centenário da primeira transmissão oficial de rádio no Brasil

Pablo Valadares /Câmara dos Deputados
Mesa da sessão solene durante a execução do Hino Nacional
Mesa da sessão solene durante a execução do Hino Nacional

Uma sessão solene realizada no Plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (22) homenageou os 100 anos da primeira transmissão oficial de rádio no Brasil. Os parlamentares destacaram a importância desse veículo de comunicação para o País.

Eles também apontaram o papel das rádios legislativas e, em particular, da Rádio Câmara na difusão de conteúdos que promovem a educação para a cidadania e espelham a diversidade cultural nacional.

Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados
Homenagem ao Centenário da Rádio no Brasil.Dep. Acácio Favacho (MDB-AP).
Acácio Favacho enfatizou papel da Rádio Câmara em campanhas de utilidade pública

O deputado Acacio Favacho (MDB-AP), secretário de Comunicação Social da Casa, enfatizou o papel da emissora da Câmara dos Deputados.

“A equipe da Rádio Câmara está empenhada na produção de programas voltados à formação de cidadania e de campanhas de utilidade pública. A emissora se destaca também na veiculação de uma programação cultural e musical comprometida com a diversidade do País”, disse. “É, além disso, responsável pela produção da Voz do Brasil, na parte que cabe à Câmara dos Deputados.”

Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados
Homenagem ao Centenário da Rádio no Brasil.Dep. Alex Santana (REPUBLIC-BA).
Alex Santana: o rádio é o veículo que chega a todos os cantos do País

Secretário de Mídias Digitais da Câmara, o deputado Alex Santana (Republicanos-BA) realçou a função do rádio em áreas ainda não completamente servidas pela internet.

“Nos lugares mais distantes do País, onde não se tem a facilidade da comunicação com a internet, o único meio de informação, de diversão, de divulgação da cultura é o rádio”, apontou. “A Rádio Câmara, por exemplo, exerce esse poder, como uma rádio institucional, de trazer a comunicação e a informação à sociedade brasileira, também para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de serem integrados à internet.”

Credibilidade do veículo
Presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Flavio Lara Resende apresentou dados de uma pesquisa segundo a qual 83% dos brasileiros ouvem rádio, em média quase quatro horas por dia.

“A evolução de como o conteúdo é consumido também chama muito a atenção. 80% ouvem pelo rádio comum; 26% pelo celular; 4% em todos os equipamentos; e 3% pelo computador. A aferição da credibilidade é outro destaque: 56% dos entrevistados dizem que confiam no veículo para se manterem informados”, revelou.

Contribuição
Em discurso enviado para ser lido durante a sessão solene, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), salientou a contribuição do rádio para o desenvolvimento do Brasil e a chegada do meio de comunicação como símbolo de um futuro próspero.

No texto, o presidente ressaltou que o rádio presenciou mudanças históricas significativas e que permanece com grande audiência, apesar de enfrentar a concorrência de outros meios como a televisão e a internet.

A sobrevivência do rádio e a presença dele em diversas classes sociais e nos diversos cantos do País também foram evidenciadas na solenidade.

Pablo Valadares /Câmara dos Deputados
Deputado Cezinha de Madureira preside sessão da Câmara
Cezinha de Madureira: o rádio continua sendo o veículo mais ouvido

O deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), que conduziu a sessão, foi um dos que apontaram as vantagens do rádio. “Muitas pessoas falavam: ‘o rádio vai acabar’. E não acabou. Ele continua sendo o veículo mais ouvido da nação, a notícia mais rápida, a notícia mais fiel”, disse.

Rádios comunitárias
Apesar de o marco oficial do início do rádio no País ser a transmissão que aconteceu no centenário da Independência, em 7 de setembro de 1922, Geremias dos Santos, presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço Brasil), também lembrou as primeiras experiências feitas pelo padre Landell de Moura, em 1899, e falou da evolução do rádio.

“O surgimento, na década de 1990, das rádios livres, das rádios comunitárias e das rádios legislativas foi um grande ganho. As rádios comunitárias não pediram licença do Estado para funcionar”, destacou. “A invenção do equipamento, do transmissor de baixíssima potência, possibilitou que as comunidades no Brasil tivessem o seu meio de comunicação. Alguns dizem que chegou até ter 30 mil, 20 mil transmissores ligados.”

Transparência
Editora-chefe da Rádio Câmara, a jornalista Ana Raquel Macedo relembrou alguns momentos importante da atividade da emissora como prestadora de um serviço ancorado na cidadania.

“As rádios do Legislativo ampliaram a informação, a transparência e as condições de fortalecer a participação popular e a representação política. Pela Rádio Câmara, o nosso ouvinte pôde acompanhar eleição e posse de diferentes parlamentares e presidentes; a votação de reformas políticas e da Previdência; a discussão e a definição do Orçamento a cada ano; CPIs, impeachment e, mais recentemente, as várias medidas de combate aos efeitos sanitários e econômicos da pandemia da Covid-19”, afirmou.

Na sessão solene, outros temas destacados em relação ao rádio no Brasil foram o caráter local e regional da programação, a presença do veículo em várias plataformas e o exemplo que a simplicidade da linguagem do rádio pode dar para outras instâncias da sociedade.

Artigo Original: Agência Câmara Notícias

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