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Câncer não é mais uma sentença: como a ciência reescreve o futuro da medicina

Foto: National Cancer Institute / Unsplash
Foto: National Cancer Institute / Unsplash

Novas terapias, inteligência artificial e avanços na medicina personalizada estão transformando o tratamento oncológico, ampliando as chances de cura e melhorando a qualidade de vida dos pacientes

O câncer sempre foi visto como um dos maiores desafios da medicina, mas a narrativa sobre essa doença vem mudando rapidamente. Com avanços como a imunoterapia, a terapia genética e o uso de inteligência artificial (IA) no diagnóstico precoce, o futuro do tratamento oncológico se torna cada vez mais promissor. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expectativa é que o número de novos casos de câncer aumente 77% até 2050 – saltando globalmente de 20 milhões para 35 milhões -, mas, ao mesmo tempo, os avanços científicos apontam para taxas de sobrevivência cada vez maiores.

Carlos Gil Ferreira, diretor médico da Oncoclínicas&Co. e presidente do Instituto Oncoclínicas, destaca que a oncologia está vivendo uma revolução sem precedentes. “Estamos entrando em uma nova era do tratamento do câncer, onde a personalização dos cuidados e o uso da tecnologia fazem com que possamos oferecer terapias mais eficazes e menos agressivas. A medicina de precisão nos permite tratar cada paciente de maneira única, otimizando os resultados e reduzindo efeitos colaterais”, afirma.

Diagnóstico cada vez mais rápido e preciso

Uma das maiores inovações no combate ao câncer é o uso da inteligência artificial para detecção precoce da doença. Ferramentas baseadas em IA são capazes de analisar exames de imagem e identificar anomalias sutis, muitas vezes imperceptíveis ao olho humano, tornando a avaliação mais ágil e precisa.

Segundo Ferreira, esse avanço tem o potencial de transformar a prática oncológica. “A inteligência artificial não apenas pode melhorar a precisão dos exames, mas também possibilita intervenções mais rápidas e estratégicas, aumentando significativamente as chances de sucesso no tratamento”.

Além disso, avanços na biópsia líquida – um exame de sangue que tem o potencial identificar fragmentos de DNA tumoral na corrente sanguínea – estão tornando o diagnóstico menos invasivo e mais acessível, permitindo o monitoramento contínuo da doença e a personalização dos tratamentos.

Terapias inovadoras e a confirmação da imunoterapia

A imunoterapia, que estimula o próprio sistema imunológico do paciente a combater o câncer, tem se mostrado uma das estratégias mais revolucionárias no tratamento oncológico. Terapias inovadoras, como os inibidores de checkpoint imunológico e as células CAR-T, já estão transformando a forma como certos tipos de câncer são tratados, aumentando significativamente a sobrevida de pacientes que antes tinham poucas opções terapêuticas.

“A imunoterapia representa um dos maiores avanços da oncologia moderna. Estamos vendo respostas incríveis em tipos de câncer que antes tinham prognósticos bastante limitados”, acrescenta.

Outro grande avanço é o uso do RNA mensageiro (mRNA) – tecnologia que ganhou notoriedade com as vacinas contra a Covid-19 – agora sendo adaptado para combater o câncer. Essa abordagem permite a criação de vacinas terapêuticas personalizadas, que treinam o sistema imunológico a reconhecer e destruir células cancerígenas específicas, trazendo novas perspectivas para o tratamento oncológico.

Acesso ainda é o maior desafio

Embora a revolução científica na oncologia seja evidente, a desigualdade no acesso a esses tratamentos inovadores ainda é um grande desafio. Em países como o Brasil, o alto custo das terapias de ponta e a demora na incorporação de novas tecnologias no sistema público de saúde dificultam a democratização dos avanços médicos.

“Não basta desenvolver novas terapias se elas não chegam a quem precisa. Precisamos trabalhar para que todos os pacientes tenham acesso à medicina de ponta, independentemente da sua condição financeira”, alerta.

A prevenção também continua sendo um dos pilares fundamentais no combate ao câncer. Estima-se que até 30% dos casos de câncer sejam evitáveis com mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, prática regular de atividade física e abandono do tabagismo, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

O futuro da oncologia: mais vida e mais qualidade

Com avanços científicos constantes e o aprimoramento das estratégias terapêuticas, o câncer está se tornando, cada vez mais, tratável e controlável. “A ciência está nos mostrando que o câncer não precisa ser uma sentença. Estamos caminhando para um futuro onde essa doença poderá ser gerenciada com mais eficiência, oferecendo não apenas mais anos de vida aos pacientes, mas mais qualidade de vida”.

O caminho ainda é longo, mas a revolução na oncologia já está em curso – e o impacto dessa transformação será sentido por milhões de pacientes ao redor do mundo. O aprimoramento contínuo das terapias, aliado à incorporação de novas tecnologias, abre um horizonte de possibilidades antes inimagináveis. “O desafio agora é garantir que esses avanços cheguem a todos os pacientes, reduzindo as desigualdades no acesso à saúde e ampliando as chances de tratamento bem-sucedido. Somente com investimentos em inovação, políticas públicas eficientes e conscientização sobre prevenção será possível consolidar essa nova era da oncologia e oferecer um futuro mais promissor para aqueles que enfrentam a doença”, finaliza Carlos Gil Ferreira.

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