Executivos apresentam pontos que vão do investimento na segmentação de públicos à integração com tecnologias emergentes; TV aberta alcança 50% da população brasileira diariamente
O padrão da TV 3.0 será definido até o final de 2024. Isso representa a próxima etapa na evolução do sinal público de televisão e que promete oferecer melhor qualidade de imagem e de som para os telespectadores, devendo entregar resolução de 4K/8K, HDR (High Dynamic Range), áudio 3D e suporte a transmissão via streaming de banda larga. Essa atualização é algo que tem a capacidade de alcançar os usuários em proporção nacional, de forma gradual, visto que a TV aberta alcança 50% da população diariamente com média de tempo que ultrapassa 5 horas de acordo com um levantamento do Kantar IBOPE Media.
É fato que as mudanças na TV aberta têm relação com os hábitos de consumo da população, que está cada vez mais adepta ao streaming e tem preferência por uma publicidade mais segmentada e menos interruptiva. “O poder de escolha está nas mãos das pessoas. Essa transição representa um avanço na transmissão de informações através da TV pois, além de permitir que o público consuma conteúdo de uma forma semelhante ao streaming, mostra que as marcas devem fazer um novo movimento para promover uma publicidade mais personalizada e menos interruptiva, que conversa diretamente com as necessidades das pessoas, no ambiente”, comenta Caio Machado, Diretor Executivo da Curious, agência de publicidade que articula dados e criatividade para impulsionar os negócios.
Para Gustavo Franco, Country Manager da Labelium, empresa de origem francesa que desenvolve soluções para a otimização de performance digital, “a TV 3.0 irá trazer não somente benefícios para os consumidores, que terão a sua disponibilidade uma qualidade muito superior de som e imagem, mas também para os anunciantes, que poderão segmentar ainda mais suas estratégias por meio dos dados disponíveis e coletados de navegação das programações. Isso implicará para a indústria de mídia um novo momento de integração entre táticas de mídia”.
Pensando nisso, os executivos reuniram cinco dicas para garantir a efetividade das campanhas digitais na TV 3.0 elencando os fatores que devem ser considerados para que o mercado se prepare para a novidade:
Investimento na segmentação de públicos
Com a chegada da TV 3.0 no Brasil, um novo desafio se impõe, visto que a tendência da tecnologia é gerar uma audiência cada vez mais pulverizada. Dessa forma, uma publicidade direcionada e segmentada será premissa.
Foco em regionalização
Isso é algo que já existe na TV tradicional, mas que vai ganhar escala com a transição. Se apropriar de temas levando em consideração a presença regional de cada público é uma premissa para marcas que desejam se conectar com os consumidores e sair na frente da concorrência.
Fortalecimento da cultura de dados
A tecnologia vai demandar uma nova relação dos anunciantes com os dados, pois há novas possibilidades de metrificação na TV 3.0. É importante que as marcas estejam alinhadas com a agência parceira para entender os planos de medir os impactos da publicidade no ambiente.
Entendimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
Com maior poder de decisão e acesso à publicidade segmentada, os usuários têm total liberdade para compartilhar ou não os seus dados. É uma oportunidade de gerar confiança a partir do aprofundamento na Lei Geral de Proteção de Dados para garantir a transparência sobre como os dados dos telespectadores estão sendo utilizados.
Integração com tecnologias emergentes
Para criar campanhas de impacto e aumentar o potencial de engajamento, o aprofundamento em tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, se mostra um ponto importante para construir projetos relevantes e diversificar os formatos da publicidade na TV 3.0.