Com alta de 3,6% em visitas, e-commerce recupera fôlego com Black Friday

Busca por Cursos Digitais na Black Friday Aquece o Mercado/ Foto: Unsplash
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Depois de registrar um dos tráfegos mais baixos do ano em setembro, o comércio eletrônico brasileiro voltou a vê-lo crescer em outubro, puxado pela demanda inicial da Black Friday, no fim de novembro. De acordo com o Relatório dos Setores E-commerce no Brasil, foram 2,47 bilhões de visitas únicas no mês – alta de 3,6%.

De janeiro a outubro, a média de acessos do e-commerce do país é de 2,51 bilhões por mês. No melhor momento de 2023, 2,61 bi de visitas foram registradas, em julho.

A expectativa do setor é que o tráfego de novembro seja pelo menos igual ao do mesmo mês do ano passado, quando 2,89 bilhões de acessos foram registrados no mês.

A melhora se vê em diversos indicadores dentro do relatório: os marketplaces, por exemplo, tiveram um incremento de 5,3% no tráfego em outubro, chegando perto da marca de 1,1 bilhão de visitas únicas. O setor é um dos mais procurados nas datas relevantes do varejo.

Além disso, apenas um setor registrou queda entre todos os analisados – e ainda de forma tímida: o de produtos importados (-0,4%). Por outro lado, setores como o de itens infantis (21,7%) e de Casa e Móveis (8,7%) tiveram saltos relevantes no intervalo de um mês. Segundo estudos, eles estão entre as atividades que mais vendem nesse período do calendário.

“A tendência é que, daqui até o final do ano, o tráfego do e-commerce permaneça alto”, pontua Diego Ivo, CEO da Conversion. “Será resultado não apenas da procura dos consumidores pelas compras da Black Friday, mas também das festas de fim de ano”, continua.

No ano passado, o número de acessos permaneceu acima da casa dos 2,7 bilhões até fevereiro, quando o ritmo caiu em cerca de 15% entre um mês e outro.

Ivo reforça que a Black Friday é a data mais importante do varejo brasileiro, principalmente, por congregar, em um único momento, uma grande oferta de descontos com as buscas online por produtos que as pessoas passam o ano inteiro fazendo. Esse tipo de fenômeno não é capturado por todas as pesquisas de consumo.

“É por isso que os prognósticos podem ser ainda mais positivos este ano”, continua ele, lembrando que estudos de mercado já apontaram tendência de crescimento do faturamento do varejo do país em novembro, por causa da Black Friday.

“As pessoas não apenas estão procurando por esses itens há algum tempo, como têm mais condições de comprar agora do que no ano passado, quando o país estava em meio a uma situação econômica mais complicada”.

O CEO da Conversion ainda lembra que o setor de turismo está em alta desde o fim da pandemia de covid-19 e, assim, deve impactar nas plataformas de viagens e da rede hoteleira até o fim das férias de verão, em meados de fevereiro.

Mudança nas marcas

Entre as marcas, a OLX segue sua rota de crescimento expressivo no último ano: a plataforma atingiu 120 milhões de acessos únicos em outubro, praticamente igualando o patamar da Magalu (121,8 bilhões), que ocupa o quarto lugar da lista de mais visitadas.

A Shopee, na terceira colocação, subiu 3,7%, enquanto a Amazon Brasil teve um dos melhores meses do ano, com alta de 9%. Foi o melhor desempenho da marca norte-americana desde julho.

O líder do e-commerce brasileiro segue intocável: o Mercado Livre, com 340 milhões de visitas únicas – aumento de 4,2% em comparação a setembro.

A estrutura do mercado se manteve, com as cinco marcas mais procuradas compartilhando quase a metade (42%) do tráfego do e-commerce brasileiro. O Mercado Livre atingiu, em outubro, a marca de quase 14% de todas as visitas do comércio eletrônico.

Fonte: Conversion/2023
Fonte: Conversion/2023

No Share of Search, porém, a Amazon se consolida cada vez mais como principal marca na cabeça dos consumidores. Em outubro, ela registrou 58% das citações diretas dentro do segmento de marketplaces, mantendo a melhor marca de todo o relatório.

A Petz se descolou da Stanley, outrora primeira colocada nessa métrica, apesar de ter permanecido com 40% das citações dentro do segmento de produtos para pets. A marca norte-americana de copos somou 35%.

Faturamento sustenta boa fase

Pelo terceiro mês seguido, o faturamento do e-commerce brasileiro fecha no azul. Em outubro, o crescimento das receitas foi de 8,9%, mantendo o patamar do mês anterior (9%). Em agosto, as plataformas já tinham registrado uma alta tímida de 0,8%.

Os dados são produzidos pela Conversion em parceria com a Venda Válida.

“Neste caso, a expectativa é que a Black Friday realce as vendas, aumentando ainda mais o indicador”, explica Diego Ivo. “Os gráficos positivos de agora estão captando mais a volta dos consumidores ao mercado do que propriamente a demanda das compras de fim de ano”.

Vale lembrar que, em 2022, as vendas das plataformas do e-commerce cresceram 117% em novembro.

De qualquer forma, são dados positivos, considerando que o comércio eletrônico vinha de duas quedas relevantes (-7% e -11%) entre junho e julho. O prognóstico é que essa curva permaneça ascendente até o fim do ano.

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