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Com tecnologia reconhecida pela ONU, projeto social traz melhoria na qualidade da água para 900 famílias no Nordeste

Projeto social com o objetivo fornecer água de melhor qualidade para consumo de 900 famílias da região semiárida dos estados de Alagoas e Bahia / Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Em parceria com o Instituto BRK e a Seguradora Zurich, startup SDW está levando o projeto Aqualuz para famílias da zona rural de Alagoas e da Bahia

A Seguradora Zurich e o Instituto BRK estão contribuindo para um projeto social que tem como objetivo fornecer água de melhor qualidade para consumo de 900 famílias da região semiárida dos estados de Alagoas e Bahia.

Com o aporte de R$ 2,2 milhões, as empresas estão apoiando a iniciativa Aqualuz, desenvolvida pela Sustainable Development and Water (SDW), uma startup brasileira de impacto socioambiental. A SDW é responsável pela criação de um dispositivo sustentável que realiza o tratamento de água doce com possível contaminação microbiológica por meio da exposição ao sol, garantindo às famílias acesso à água de melhor qualidade, submetida a um processo de desinfecção, sem necessidade de adição de produtos químicos.

A solução pode durar até 20 anos e as famílias passaram por um processo educativo sobre a utilização e importância do tratamento da água para a eliminação de microrganismos.

O projeto Aqualuz

O equipamento fornecido às famílias é composto por uma caixa de aço inoxidável com uma tampa de vidro que permite a incidência da radiação solar, e um sensor termossensível que muda de cor para indicar quando o processo de desinfecção da água é finalizado. Dessa forma, o usuário enche o equipamento com água e deixa exposto ao sol por, pelo menos, quatro horas, tempo suficiente para efetivar o tratamento. Após a alteração da cor do sensor, a água pode ser retirada e resfriada para o consumo.

A tecnologia desenvolvida pela SDW foi reconhecida em 2019 em uma premiação oferecida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e permite às famílias uma economia de R$ 600 por ano, na medida em que deixam de gastar com fervura de água, tratamentos médicos e medicamentos para combater doenças de veiculação hídrica.

O projeto está sendo conduzido junto à Organização de Conservação de Terras (OCT) e conta, além da doação dos equipamentos, com um amplo cronograma que envolve o mapeamento das famílias que recebem o equipamento gratuitamente e o trabalho lúdico e educativo junto às comunidades, visando ressaltar a importância do tratamento da água e a forma correta de utilizar o equipamento, bem como a mensuração dos resultados.

Impacto do projeto

De acordo com o Instituto Trata Brasil, o saneamento básico tem um atraso histórico no país, no que se refere ao atendimento dos serviços de água e esgoto. São mais de 35 milhões de pessoas com falta de acesso à água potável e cerca de 100 milhões de brasileiros sem acesso à coleta de esgoto. Na região Nordeste, o abastecimento de água potável é restrito a 74% da população.

Um exemplo de enfermidade de veiculação hídrica que pode se espalhar nesse contexto é a esquistossomose, doença parasitária que está diretamente relacionada ao saneamento precário. Estima-se que no Brasil, cerca de 1,5 milhões de pessoas vivam em áreas sob o risco de contrair a doença. Bahia e Alagoas, estados contemplados no projeto, estão entre as áreas de transmissão endêmica da doença.

Dados do painel de saneamento básico no Brasil apontam que, só em Alagoas, em 2021, as despesas com internações provocadas por doenças de veiculação hídrica chegam a mais de R$ 800 mil. Para se ter uma ideia do benefício alcançado com o Aqualuz, considerando as mais de 4,5 mil pessoas beneficiadas com o projeto, as estimativas de valores economizados com o tratamento dessas doenças ao longo de 20 anos são da ordem de R$ 1,8 milhão.

Para a SDW, o projeto representa um resultado significativo diante da sua meta de impactar 1 milhão de pessoas até 2025 por meio de suas tecnologias de água e saneamento. O projeto em questão está alinhado com o propósito da startup de transformar vidas democratizando o acesso a recursos básicos e universais.

Já para o Instituto BRK, o saneamento básico pode transformar a vida das pessoas e o Brasil deve expandir as soluções para que os serviços de água e esgoto cheguem nas pessoas que precisam. A população ribeirinha é uma das que mais sofre com o problema, além de enfrentar dificuldades com a ausência de saneamento básico, existe a insalubridade da água, a precariedade no acesso à saúde e, consequentemente, o alto índice de doenças de veiculação hídrica.

“Com esse projeto inovador, encontramos uma forma de ampliar o acesso à água com melhor qualidade em regiões que estão fora do escopo contratual da empresa. Mais do que a excelência na prestação dos serviços de saneamento, a BRK está comprometida com iniciativas que levam dignidade, saúde e qualidade de vida para as pessoas”, destaca Carlos Almiro, diretor de Relações Institucionais, Sustentabilidade e ESG da BRK.

Já para a Zurich, o projeto reforça o propósito da companhia de contribuir para a sociedade, juntamente com seus parceiros comerciais, em iniciativas que trazem um impacto social positivo para o país. “Como parceiros da BRK, ficamos muito satisfeitos de construirmos junto à SDW um projeto extremamente relevante para a saúde e segurança dessas famílias, que terá um impacto profundo em suas vidas tanto a curto quanto a longo prazo”, diz Ana Matta, gerente de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Seguradora Zurich.

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