Confira artigo de Alberto Vargas, formado em Master Business Administration pela Universidade de Warwick na Inglaterra
A consolidação da Inteligência Artificial (IA) trouxe mais facilidade para a rotina das empresas, ao mesmo passo que gerou dúvidas sobre o futuro do ambiente corporativo. A incorporação da inteligência artificial tem suscitado preocupações sobre a substituição de empregos humanos.
Dentro disso, a evolução da Inteligência Artificial exigirá uma adaptação significativa no mercado de trabalho. A requalificação e a aquisição de novas habilidades serão essenciais para os colaboradores. Da mesma forma, profissões que requerem interação humana, como cuidados de saúde e criatividade, serão menos afetadas, enquanto tarefas repetitivas podem ser automatizadas, novas oportunidades surgirão na gestão e manutenção de sistemas de IA.
No entanto, é importante notar que a IA não necessariamente irá substituir todo o trabalho humano, será uma ferramenta para automatizar as tarefas repetitivas e rotineiras, ajudar na análise qualitativa de dados e modelos complexos e preditivos. Áreas que envolvem criatividade, empatia e tomada de decisões complexas serão beneficiadas com informações mais estruturadas para sua tomada de decisões.
As empresas devem buscar um equilíbrio entre a implementação da IA e o bem-estar dos funcionários. Em vez de focar apenas na substituição de tarefas, a IA deve ser usada para melhorar as capacidades dos funcionários. É fundamental fornecer treinamento para que os funcionários possam colaborar eficazmente com sistemas de IA, abrindo caminho para uma abordagem mais sinérgica.
Três tendências a IA irá impactar
A IA é uma ferramenta poderosa que pode impulsionar a eficiência, a inovação e a colaboração no local de trabalho. Em vez de temer a substituição, é mais produtivo considerar como a ferramenta pode ser integrada para otimizar os recursos humanos e a tecnologia.
A evolução do mercado de trabalho requer um equilíbrio entre a automação e as habilidades exclusivamente humanas. Abaixo, confira três tendências que serão impactadas.
Redução de custos: a implementação da IA pode resultar em redução de custos a longo prazo, especialmente quando se trata de automatizar tarefas repetitivas e demoradas, análise da grande quantidade de dados e desenvolver modelos preditivos. No entanto, é importante considerar os custos iniciais de investimento em tecnologia e treinamento. Além disso, a economia de custos não deve ser o único foco. As melhorias na eficiência e na qualidade do trabalho também são objetivos essenciais.
Capacitação vs. contratação externa: uma abordagem equilibrada é essencial, logo, capacitar os colaboradores para usar ferramentas de IA pode ser vantajoso, afinal, eles conhecem bem a organização.
Ao mesmo tempo, recrutar especialistas externos pode trazer novas perspectivas e conhecimentos avançados. A combinação de habilidades internas e externas pode resultar em uma implementação bem sucedida da ferramenta.
Benefícios da IA para colaboradores: A IA pode melhorar a vida dos funcionários ao automatizar tarefas consideradas tediosas, permitindo que eles se concentrem em atividades mais desafiadoras e criativas. Além disso, a IA pode fornecer insights valiosos a partir de análises complexas de dados, auxiliando na tomada de decisões informadas e beneficiando tanto os colaboradores quanto a empresa.
Considerando essas tendências, as organizações precisam adotar uma abordagem proativa e preditiva para oferecer serviços que atendam às crescentes demandas dos clientes. As organizações devem abordar as preocupações dos clientes sobre a coleta e uso de dados nas análises feitas pela IA, além de avaliar seus modelos operacionais para a nova infraestrutura digital.
*Jorge Alberto Vargas é formado em Master Business Administration pela Universidade de Warwick na Inglaterra. Possui experiência em gerência de finanças, planejamento, contabilidade, compliance e no desenvolvimento de equipes de alta performance. Já ajudou diversas empresas de diferentes tamanhos a atingir objetivos de inovação, custos e crescimento. Antes de morar no Brasil, trabalhou em mercados do México, Colômbia, Venezuela e Peru, sempre buscando entender a necessidade das empresas e a realidade econômica de cada país.