Nutricionista Thainara Gottardi orienta sobre escolhas conscientes e substituições possíveis para manter o bem-estar neste fim de ano
As celebrações de fim de ano costumam mudar a rotina alimentar e trazer preparações que não fazem parte do cardápio diário. A variedade de pratos, o tempo maior dedicado à refeição e o clima descontraído podem resultar em combinações mais pesadas do que o organismo está habituado a digerir. Por isso, muitas pessoas encerram a noite com sensação de estufamento, fadiga ou mal-estar, mesmo tendo aproveitado o momento em família.
A nutricionista Thainara Gottardi explica que essa alteração de comportamento ocorre porque o período oferece estímulos diferentes, que influenciam diretamente as escolhas alimentares. Segundo ela, não se trata de evitar a ceia ou transformar a data em um evento restritivo, e sim de entender o que pode ser ajustado para que a celebração seja prazerosa e confortável, sem impactos negativos nos dias seguintes.
Uma das principais recomendações é não chegar à ceia após longos intervalos sem comer. Quando o corpo passa muitas horas sem alimento, a tendência é montar o prato com pressa e em quantidades maiores do que o necessário. Thainara orienta que refeições leves ao longo do dia ajudam a manter o apetite em equilíbrio e favorecem escolhas mais conscientes. A especialista também reforça a importância de comer com calma, pois a mastigação adequada auxilia na digestão e reduz a sensação de peso ao final da noite.
Outra estratégia para preservar o equilíbrio na ceia é realizar ajustes simples nas preparações tradicionais. Opções assadas podem substituir frituras, temperos naturais realçam o sabor dos ingredientes e o uso de saladas ou legumes como base do prato traz mais leveza. Em receitas cremosas, alternativas como o iogurte natural mantêm a textura agradável com menor quantidade de gordura. Essas adaptações tornam o conjunto mais equilibrado sem alterar o espírito da celebração.
Para Thainara, cuidar da alimentação no fim do ano não significa abrir mão dos rituais nem transformar a mesa em um ambiente de dieta. “Escolhas moderadas preservam o prazer da data e evitam aquele desconforto que costuma aparecer no dia seguinte”, afirma. A nutricionista destaca que o equilíbrio não está em proibições, mas em reconhecer o próprio limite e ajustar o consumo de forma natural. O foco, segundo ela, é aproveitar a companhia, o encontro e o significado da data com mais conforto físico e mental, sem a sensação de culpa que muitas pessoas carregam depois de exagerar.
A especialista lembra ainda que eventuais excessos não definem o restante do mês e podem ser compensados com a simples retomada da rotina no dia seguinte. Não há necessidade de dietas restritivas após as festas. Com atenção aos sinais do corpo e pequenas adaptações, é possível viver o fim de ano de maneira leve e organizada, manter o bem-estar e participar de cada celebração com tranquilidade – e comendo bem.
*Com informações de Agência Alma.
