Grupo HDI

COP 30: Sustentabilidade é inclusão e a transição verde só é plena se for humana

selective photography of green leaf plant
Photo by Matthew Smith on Unsplash

Na COP 30, o Brasil reforça o papel da transição justa, que alia descarbonização, geração de emprego e equidade social. Sustentalli defende que o eixo humano deve ser o centro da nova economia de baixo carbono

A transição para uma economia de baixo carbono não se constrói apenas com metas de descarbonização. Exige também inclusão produtiva, geração de renda e justiça social. É com essa visão que o Brasil chega à COP 30, que será realizada em Belém (PA), reafirmando seu papel de liderança global na construção de uma transição verde justa e inclusiva.

“A sustentabilidade de verdade começa por pessoas. Jovens, mulheres e comunidades vulneráveis precisam protagonizar a transição. A transição verde só é plena se for humana”, afirma Miriam Lüttgen, presidente da Sustentalli, cooperativa nacional formada por especialistas em sustentabilidade e governança.

Segundo ela, a conferência representa um marco simbólico e prático para o país.
Mais do que reduzir emissões, o desafio é
transformar o crescimento econômico em oportunidade social, alinhando os compromissos climáticos às necessidades reais da população.

O conceito de transição justa, originado na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e reforçado por instituições como o Instituto Clima e Sociedade (ICS) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), aponta que a descarbonização deve vir acompanhada de empregos verdes, capacitação e proteção social.

De acordo com Miriam Lüttgen, esse olhar integrado é o que diferencia a sustentabilidade de curto prazo da verdadeira transformação estrutural:

“Falar em economia circular e energias limpas é essencial, mas é insuficiente se as pessoas permanecerem invisíveis. O eixo social é tão relevante quanto o ambiental  e o Brasil tem a oportunidade histórica de mostrar isso ao mundo na COP 30.”

Com a conferência sediada na Amazônia, o país poderá destacar políticas que unem soberania ambiental e desenvolvimento humano, valorizando comunidades locais, povos tradicionais e cadeias produtivas sustentáveis. Temas como emprego verde, financiamento climático, educação ambiental e governança inclusivadevem pautar os debates e orientar compromissos de longo prazo.

Para a Sustentalli, o sucesso da transição verde depende da capacidade de gerar dignidade, renda e oportunidades reais. A cooperativa atua em projetos de diagnóstico de maturidade em sustentabilidade e planejamento estratégico de impacto, apoiando empresas na integração entre eficiência ambiental, governança e inclusão social. O objetivo é transformar a sustentabilidade em instrumento de valor econômico e humano, alinhado às diretrizes globais da COP 30.

“Não há sustentabilidade sem inclusão. E não há futuro verde se ele não for compartilhado. A transição ecológica só fará sentido se for, ao mesmo tempo, ambiental, econômica e profundamente humana”, conclui Miriam Lüttgen.

Total
0
Shares
Anterior
Cinco cuidados essenciais com a vacinação infantil antes das férias escolares
a person in a red shirt and white gloves

Cinco cuidados essenciais com a vacinação infantil antes das férias escolares

Com a proximidade das férias e o aumento das viagens em família, o período que

Próximo
Porto reforça o papel do setor de seguros na adaptação climática durante a COP 30
Porto reforça o papel do setor de seguros na adaptação climática durante a COP 30 / Divulgação

Porto reforça o papel do setor de seguros na adaptação climática durante a COP 30

Companhia apresenta ação pioneira em descarbonização e amplia o debate sobre o

Veja também