Dados da Neurotech mostram que o bom momento das instituições financeiras foi o principal fator positivo no cenário atual
Após leve queda no mês de maio, a demanda por crédito no Brasil cresceu 1,4% em junho, em comparação com o mesmo mês de 2024. Já em relação ao mês anterior, maio deste ano, a demanda se manteve em crescimento, desta vez com alta de aproximadamente 2%. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos em segmentos como o varejo, instituições financeiras, entre outros. Por segmento, a categoria que engloba os bancos e instituições financeiras teve a sua melhor performance do ano, com alta de 40% na comparação anual. Já o varejo se recuperou, com um crescimento de 8%.
Natália Heimann, líder da Business Unit de Dados & Analytics para Crédito da Neurotech e responsável pelo indicador, avalia que, com a provável estagnação da taxa Selic, a tendência é que uma melhora nas condições de consumo beneficie o setor de crédito durante todo o restante do ano.
“Houve uma desaceleração importante no crescimento da taxa básica de juros entre maio e junho, e a expectativa atual é de que o ciclo de alta tenha chegado ao fim. Somada a outras medidas que estão sendo cogitadas pelo Governo, como a revogação da “taxa das blusinhas”, é possível prever uma melhoria ainda mais significativa do setor de crédito durante os próximos meses”, afirma.
Considerando o porte das companhias analisadas, as médias empresas (faturamento anual de até R$300 milhões) se destacaram com um crescimento de quase 10% na comparação com junho de 2024 e 46% em relação ao mês de maio deste ano. Já entre as pequenas empresas (faturamento anual de até R$4,8 milhões) houve crescimento de 7,5% na comparação anual.