Relatório do IMARC Group aponta crescimento de 22% ao ano no setor, com destaque para soluções que combinam inteligência artificial e suporte humano
O mercado brasileiro de educação online está em expansão e deve crescer quase seis vezes ao longo da próxima década. Segundo levantamento do IMARC Group , que prevê crescimento médio anual (CAGR) de 22%, o setor movimentou US$ 1,50 bilhão em 2024 e deve alcançar US$ 8,81 bilhões até 2033.
Entre os fatores que contribuem para esse crescimento estão o aumento da conectividade, que alcança 92,5% dos domicílios brasileiros segundo a PNAD Contínua TIC do IBGE, a busca por modelos de ensino flexíveis e os investimentos em digitalização educacional realizados por setores público e privado.
Nesse contexto, soluções baseadas em inteligência artificial (IA) têm sido adotadas para personalizar o ensino e ampliar o acesso ao conhecimento. A combinação entre algoritmos e apoio humano é uma abordagem presente em diversas plataformas que oferecem monitoria e atendimento sob demanda.
Entre as plataformas que adotam essa abordagem está o TutorMundi, que integra inteligência artificial generativa a uma rede de tutores universitários. A plataforma oferece atendimento educacional sob demanda, incluindo aulas particulares, plantões de dúvidas e orientação de estudos, disponíveis 24 horas por dia via dispositivos móveis.
Desde 2019, a plataforma registra mais de 500 mil atendimentos educacionais, com 47.846 horas de monitoria escolar registradas em 2024. As disciplinas com maior demanda são matemática, física, química e biologia, e os atendimentos são realizados por tutores de universidades como USP, Unicamp, ITA, UFPE e UFJF. Esses números são baseados nos registros internos da plataforma.
Rapha Coe, fundador do TutorMundi, destaca que a tecnologia complementa o acompanhamento humano no processo de aprendizagem. “O atendimento contínuo e sob demanda busca respeitar o ritmo individual de cada estudante”, afirma.
A metodologia da plataforma combina respostas automatizadas com revisão humana, o que, segundo dados internos baseados em análises de qualidade das interações, resulta em uma taxa de acerto de 99% nas respostas.
Ainda segundo o relatório do IMARC, os segmentos com maior potencial de crescimento no mercado brasileiro de e-learning são o ensino superior, a educação básica (K–12) e os programas de capacitação corporativa. Embora o Sudeste concentre o maior volume atual de acessos, regiões como Norte e Centro-Oeste devem ganhar força, impulsionadas pela expansão da infraestrutura digital e maior acesso a dispositivos móveis.
Modelos híbridos e ferramentas como salas de aula virtuais, plataformas móveis e sistemas sob demanda, presentes em operações como a do TutorMundi, devem continuar a moldar o futuro da educação online no Brasil.