CEO do Grupo BBF, Milton Steagall defende a criação de oportunidades para a população, com a floresta em pé
O debate global sobre mudanças climáticas e o papel da região amazônica está na pauta do LIDE Brazil Conference London, que acontece até amanhã em Londres. Atualmente, 29,6 milhões de pessoas vivem na região amazônica e segundo Milton Steagall, CEO do Grupo BBF (Brasil BioFuels), é fundamental criar oportunidade de emprego e renda para essa população, desde que se mantenha a floresta em pé.
“A gente só vai ter um país justo e falar de impedir o desmatamento quando pudermos oferecer emprego para essa população. Temos 31 milhões de hectares passíveis de ser recuperados com a palma de óleo na região amazônica e a palma não pode ser mecanizada. Esse trabalho é importante porque é inclusivo”, disse, durante almoço no evento.
A BBF atua há 15 anos na região Norte do país e cultiva palma de óleo em áreas degradadas da Amazônia. Utiliza o óleo de palma para a geração de biocombustível, energia renovável para áreas remotas da Amazônia e insumos sustentáveis para substituir petroquímicos em diversas áreas da indústria, principalmente no segmento healthcare.
Atualmente, o Grupo BBF possui mais de 75 mil hectares cultivados com a palma de óleo nos estados do Pará e Roraima. Por ano, mais de 200 mil toneladas de óleo de palma são produzidas pela companhia, que mantém um modelo de negócio verticalizado, em que é possível atuar desde o plantio da palma de óleo, produção de biocombustíveis, biotecnologia e energia elétrica renovável. A Companhia gera mais de 6 mil empregos diretos e 18 mil indiretos, além de incentivar mais de 400 agricultores familiares no estado do Pará.
Já no setor de energia, o Grupo BBF possui em seu portfólio 38 usinas termelétricas com capacidade total de geração de 238 MW, atendendo localidades isoladas na região Norte. São 25 usinas em operação com 86,8 MW de capacidade de geração de energia e outras 13 em implementação. Todas elas operam com combustíveis renováveis: biocombustíveis (biodiesel e óleo vegetal) e biomassa oriunda da palma de óleo. A Companhia gera energia renovável para distribuidoras locais, atendendo mais de 140 mil clientes, retirando cerca de 106 milhões de litros de diesel fóssil da Amazônia, além de reduzir a emissão em cerca de 250 mil toneladas de carbono equivalente na atmosfera amazônica.