Bradesco Seguros

Empréstimos pelo Pronaf ABC+ Floresta podem chegar até R$ 300 milhões em 2022

Os empréstimos pelo Pronaf ABC+ Floresta podem chegar até R$ 300 milhões em 2022. A linha de crédito Banco da Amazônia (Basa) é direcionada à agricultura familiar e destinada a investimentos em práticas que aumentem a eficiência produtiva e conservem solo, água e vegetação, ampliando o sequestro de carbono da atmosfera e preservando o bioma amazônico.

O Basa disponibilizou para o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) mais de R$ 1 bilhão só este ano, em várias linhas de crédito. A expectativa para a linha ABC+ Floresta, segundo a média observada nos últimos anos, é de que sejam destinados de 25% a 30% de todo o montante para essa linha, podendo chegar a R$ 300 milhões.

Em 2022, já foram realizadas 1.886 operações dentro do programa, com aplicações em torno de R$ 55 milhões. Mas a maior parte dos empréstimos é contratada no segundo semestre do ano, após o começo da nova safra, em julho. Por isso, o banco tem a expectativa de aumento do valor contratado até o fim de 2022.

Uma das maiores vantagens da linha ABC+ Floresta é justamente a grande carência, além de juros de apenas 5% ao ano, quando pré-fixados. Luiz Lourenço de Souza Neto, gerente executivo de pessoas físicas do Basa, explica que os produtores podem ter até duas décadas para quitar o financiamento. E o pagamento só começa anos depois da contratação, já que as operações da linha de crédito focam em projetos de longo prazo.

“A gente pode fazer a linha geral, que é até 20 anos de prazo, incluindo uma carência de até 12 anos, dependendo da atividade, se ele for dos grupos A, A/C ou B. E até 12 ou oito anos de carência nos demais casos. Porque depende do processo. Vai que o produtor quer fazer uma cultura que leva cinco anos para maturar, mais uns três ou quatro anos para ter condições de pagamento. Então, ele vai ter uma carência maior”, destaca o gerente.

Quem pode acessar

Agricultores familiares, assentados da reforma agrária, extrativistas, silvicultores, pescadores artesanais, comunidades quilombolas e povos indígenas podem acessar o Pronaf. São enquadrados aqueles que moram no estabelecimento rural ou em local próximo, não possuem mais do que quatro módulos fiscais, que têm a mão de obra majoritariamente familiar e cuja renda bruta anual venha de 50%, no mínimo, da exploração agropecuária do estabelecimento.

Recorde: R$ 9,6 bi do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte foram aplicados na região

AMAZÔNIA: Linha de crédito oferece R$ 1 bilhão pelo Pronampe

Após atender aos pré-requisitos, é necessário ter um documento para solicitar o financiamento, que é emitido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater). Atualmente, está em vigor a DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf), que identifica e classifica o produtor rural em grupos: A e A/C (assentados da reforma agrária), B (agricultores com renda bruta familiar não superior a R$ 23 mil) e V (com faixa de rendimento entre R$ 20 mil e R$ 500 mil). A partir de novembro, entra em vigor o CAF Pronaf (Cadastro Ambiental Familiar), em substituição ao DAP.

Aqueles que fazem parte dos grupos A, AC e B podem solicitar até R$ 18 mil. Já os financiamentos para os produtores do grupo V chegam a até R$ 60 mil.

Atividades enquadradas no programa

A linha de crédito Pronaf ABC+ Floresta é destinada a projetos sustentáveis que mantenham a floresta em pé, quando o produtor aplica tecnologia sem precisar devastar o meio ambiente. As seguintes atividades se enquadram no programa:

  • Recomposição e manutenção de áreas de conservação pertinentes à reserva legal de propriedades;
  • Recuperação de áreas degradadas para cumprimento de legislação ambiental;
  • Enriquecimento de áreas que já apresentam cobertura florestal, mas que a cobertura ainda não seja ideal;
  • Plantação de novas espécies florestais (SAF – Sistema Agroflorestal);
  • Extrativismo das diversas espécies da Amazônia brasileira.

O agricultor familiar que deseja se beneficiar com os recursos do programa vai precisar de uma assistência técnica, que pode ser pública, como a feita pela Emater; ou privada. Mas o próprio Banco da Amazônia pode fazer a consultoria e direcionar o empreendedor. É da assistência técnica que surge o projeto de investimento necessário para acessar os recursos junto ao programa.

Desenvolvimento regional

Aqueles que fazem parte do programa e cumprem as obrigações, como aplicar corretamente o recurso e pagar em dia, adquirem experiência creditícia, conseguem limites mais vantajosos no meio bancário e, normalmente, têm a oportunidade de aumentar seus empreendimentos, muitas vezes mudando de grupo e tendo acesso a outras linhas de crédito rural. Segundo Luiz Neto, algumas parcerias com o Basa perduram por mais de 50 anos, mantendo famílias no campo, desde aqueles que permanecem como pequenos até os que acabam alçando voos maiores.

“O pequeno produtor, o produtor familiar de hoje vai ser o médio, o grande produtor do amanhã. Ele vai empregar pessoas, ele vai contribuir com impostos, com renda, com desenvolvimento. E o que é mais importante, ele vai se manter no campo em condições dignas, manter a família dele alimentada, manter a família dele com trabalho e contribuir para o desenvolvimento do país como um todo, da região amazônica, do estado, do município e da região”, destaca.

Para ter acesso à linha de crédito, o produtor deve procurar o sindicato rural ou as empresas de Assistência Técnica, como a Emater. Caso seja beneficiário da reforma agrária e do crédito fundiário, basta procurar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou a Unidade Técnica Estadual (UTE). As informações relativas às linhas de crédito do Pronaf também podem ser acessadas nas agências do Banco da Amazônia ou no site bancodaamazonia.com.br.

]]>Via: Brasil61

Total
0
Shares
Anterior
Espaço Cultural sedia lançamento de obra sobre a nova Lei de Improbidade Administrativa
Tudo sobre serviços financeiros, seguros e muito mais - Universo do Seguro

Espaço Cultural sedia lançamento de obra sobre a nova Lei de Improbidade Administrativa

A nova Lei de Improbidade Administrativa (Lei 14

Próximo
Redução do preço do diesel anima quem depende do combustível para trabalhar

Redução do preço do diesel anima quem depende do combustível para trabalhar

Motoristas que dependem do diesel para circular pelas ruas das cidades e

Veja também