Era ‘home office’ aumenta preocupação com seguro de equipamentos

Era ‘home office’ aumenta preocupação com seguro de equipamentos / Foto: Paige Cody / Unsplash Images
Foto: Paige Cody / Unsplash Images

Quando se fala em seguro de equipamentos, muita gente já pensa na proteção de maquinários de maior valor, como é o caso dos agrícolas, por exemplo. Afinal, as máquinas usadas nas atividades de campo são de alto valor e de grande uso, principalmente, nas regiões Centro-Oeste e Sul, onde a produção de agronegócios detém uma grande porcentagem da economia brasileira e, devido a alta produção, está cotidianamente sujeita a riscos e a complicações e, por isso, sabe-se que é um ramo com alta aquisição do seguro de Riscos Diversos Equipamentos (RD Equipamentos). Neste caso, a principal utilidade deste seguro é a proteção de máquinas de produtos chamados de ‘linha verde’ como: colheitadeiras, colhedoras, pulverizadores e semeadeiras.

Contudo, para além do agro, a proteção dos equipamentos em outros ramos como: construção civil, industrial, médico, hospitalar, odontológico, estético, energias renováveis, e mobilidade também ocupam espaço na carteira das corretoras de seguros. Segundo André Moreno, diretor regional SP Centro Norte da Rede Lojacorr, no geral, a regra é clara. “Se os equipamentos utilizados nas atividades da empresa ou pessoa estão sujeitos a qualquer tipo de risco, e sempre haverá algum, a contratação do Seguro RD Equipamentos é fundamental”, explica.

Somente na Rede Lojacorr, maior rede independente de corretores de seguros do país, esse tipo de seguro cresceu 57% entre 2021 e 2022. (*Os equipamentos da linha verde fecharam com crescimento de 133% e os demais cresceram 34%). Isso porque, segundo André Moreno, é um tipo de seguro capaz de garantir a segurança de seus negócios. “Evita prejuízos inesperados ocorridos por danos como: incêndios e/ou explosões, danos elétricos, colisões, tombamentos, entre outras, inclusive roubos ou furtos e outros riscos que o equipamento em questão está sujeito”, afirma.

Mas o que mudou neste último ano?

A WTW Brasil, empresa que faz análises de dados nas áreas de pessoas, riscos e capital, divulgou uma pesquisa que mostra que o percentual de pessoas trabalhando em casa, o famoso ‘home office’, praticamente dobrou. Segundo a empresa, antes da pandemia totalizava 11% e hoje já são cerca de 20% de trabalhadores nesta modalidade. O mesmo notou-se no chamado de ‘trabalho híbrido’, em que se tem dias no escritório e dias em casa. O que antes somavam 10% dos trabalhadores hoje com o aumento de 7%, já são 17% pessoas trabalhando de forma híbrida.

Com essas adaptações, especialistas apontam que o Brasil ainda está passando por um aumento de preços, principalmente no custo da matéria-prima para a fabricação de diversos maquinários e seus componentes, fazendo que seu valor para o consumidor final torna-se mais elevado. “Por outro lado, há então maior preocupação pelo seguro, pois o valor gasto em tal equipamento já custou caro para o consumidor, imagine arcar com as consequências em casos inesperados?”, relata André Moreno.

Além disso, o diretor também reforça que o trabalho em casa e de forma autônoma fez com que as pessoas, principalmente os Microempreendedores Individuais (MEI) e até mesmo as Microempresas (ME) começassem a se preocupar com a segurança de seus equipamentos de trabalho. “Diferente do que vivia-se antes, em que somente a empresa contratante daquele colaborador CLT que se preocupava com os riscos inerentes aos equipamentos, agora esse trabalhador autônomo precisa fazer o seguro para os itens de seu uso diário, como impressoras e computadores. Até mesmo as empresas em que o trabalhador está em home office ou híbrido, leva para casa os equipamentos disponibilizados e o transporte entre o escritório e a casa ou mesmo dentro da própria residência, pode estar mais sujeito a danos. Até porque não existe equipamento isento de riscos”, afirma.

Foi, então, pensando nessa realidade que o mercado de seguros notou mudanças e as próprias seguradoras começaram a se adaptar. De acordo com o Luiz Longobardi Junior, diretor de Mercado e Distribuição (CCO) da Rede Lojacorr, os seguros de RD Equipamentos receberam atenção. “Foram ficando mais personalizados, mais focados na necessidade específica do uso daquele item, incluindo coberturas flexíveis e tendências de mercado. O mesmo ocorreu com as corretoras de seguros. Entenderam a nova dinâmica e foram oferecendo no mix de carteira um seguro assertivo, ideal com o perfil de cada cliente e que não fugisse da capacidade de investimento”, explica Luiz Longobardi.

Para 2023, o foco vai além. Especialistas relatam ainda que o seguro de RD Equipamentos seguirá em alta e mesmo com uma certa retomada econômica, ainda assim as matérias primas estão com o preço elevado e por isso, cada vez mais fazer seguro daquele equipamento é um grande benefício para o cliente e empresas.

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