Assunto foi tema do painel ‘A inovação como aliada da distribuição’, durante a quinta edição do Insurtech Brasil
A quinta edição do Insurtech Brasil também abordou a transformação do ambiente de negócios diante da transformação digital. O evento reuniu insurtechs, seguradoras, prestadores de serviços e demais agentes do ecossistema de seguros no último dia 21 de junho, no Amcham Business Center, na Zona Sul de São Paulo.
Para o mediador do painel ‘A inovação como aliada da distribuição’, Fábio Rosato, Executive Director of Industries & Professional Services da Sensedia, é preciso mitigar as dores de quem ainda opera totalmente offline. “Observamos muitas empresas acelerando suas mudanças e também os desafios do varejo físico. Essa é uma indústria muito importante para a gente e também precisamos analisar a relevância da centralidade das decisões no usuário, em sua jornada e suas experiências”, comentou.
Seguro como aliado do varejo
Neste sentido, a Coordenadora de Global Procurement da VTEX, Aline Sales, apresentou a empresa como uma plataforma de e-commerce que procura viabilizar negócios para indústrias de todos os segmentos. “Temos de compreender o contexto para oferecer o produto certo e, por isso, temos tido um aprendizado muito grande”, explicou a executiva.
“Estamos abertos para parcerias e nos deparamos, neste mercado, com marcas que precisam e já conhecem os benefícios do seguro e também compreendem que precisam de soluções de ponta que exijam o mínimo esforço para implantação, que esteja sempre revisada e evoluída com o input de quem – de fato – está neste setor”, apresentou Aline Sales.
A Coordenadora de Global Procurement demonstrou que a VTEX quer disponibilizar soluções ‘plugáveis’. “Precisamos demonstrar o quão atrativo e rentável é este setor, até mesmo para que o mercado de seguros seja uma solução para ajudar os operadores do varejo”, completou.
‘Evoluímos 50 anos em 5’
A famosa expressão de que “evoluímos 50 anos em 5” foi adotada por Marcos Watanabe, Chief Data Scientist (CDS) da Suthub, para abordar a aceleração na transformação digital. Segundo ele, a ferramenta da Suthub consegue plugar em 30 seguradoras e gerar transações de forma simplificada, atingindo mais de 1,3 mil canais digitais. “Todos estão correndo pela digitalização e o seguro tem um desafio, porque é produto regulado. Uma coisa é vender um celular, outra coisa completamente diferente é vender um seguro para celular”, considerou o especialista.
Watanabe demonstrou que a Suthub quadruplicou de tamanho e cresceu em seis vezes o número de canais nos últimos dois anos. “Aprendemos a ir mudando e incrementando a plataforma para possibilitar que um novo canal entre mais rapidamente para vender”, acrescentou.
Ao abordar a integração dos seguros sob demanda com veículos inteligentes, por exemplo, o CDS da Suthub também aproveitou o espaço na programação do Insurtech Brasil para analisar as novidades relacionadas ao mundo das APIs, gerando conectividade entre o ecossistema, a chegada do Open Insurance e os diversos movimentos – que na visão do painelista – trazem diversas oportunidades para a indústria seguradora.
“O seguro é um produto que contribui para a margem do varejo de forma muito importante. É um produto financeiro muito importante. Se for bem utilizado, serve como forma de fidelização do cliente”, citou Watanabe ao elencar o sinistro como o “momento da verdade”. “O cliente quer um atendimento bom e rápido. No caso do varejo, o consumidor vai na loja reclamar, vai escanear QR code e – em no máximo 30 segundos – receberá um voucher para adquirir outro item ou reparar o que estava danificado. Ou seja, é a tecnologia utilizada como complemento da experiência”, contou o executivo ao compartilhar a experiência que tem sido promovida pela Suthub.
Modelo eficiente
De acordo com Marcel Giacon, Digital and Products Director da Assurant, a empresa estudou as dores do processo de digitalização e a dificuldade que existia para o varejo colocar programas de seguros rapidamente no ar. “Desta maneira, estruturamos todos os processos para podermos escalar todo esse aprendizado que tivemos junto ao varejo”, destacou o especialista.
Giacon mencionou também a importância do marketing ligado ao produto. “É preciso considerar também a existência de poucas opções para não confundir o usuário e reduzir as fricções”, disse ao mencionar que o Seguro Viagem da Assurant cobre itens como o celular, pet, ou acidentes pessoais para qualquer problema em decorrência da viagem. “É preciso compreender o contexto”, reforçou.
Ainda conforme revelou o Digital and Products Director da Assurant, a operação da companhia não registra custo de aquisição de clientes, pois a distribuição das soluções é realizada para os clientes de seus clientes. “Somos quase uma seguradora ‘white label’. Nossa ideia é ser o mais transparente possível e temos atingido taxas muito competitivas para o ambiente de varejo”, acrescentou ao enfatizar a importância do Customer Experience (CX) e do acompanhamento de métricas como o Net Promoter Score (NPS). “Isso precisa ser considerado especialmente em um momento de dor, como o do sinistro. Estamos em uma jornada de aprendizados e sempre descobrimos coisas novas”, citou.
Para finalizar, Marcel Giacon recomendou que se evite enviesar o olhar para os modelos de negócio e para as discussões sobre produtos ou a experiência do usuário. “Ainda mais se o cliente está no centro da tomada de decisões. Olhe com diferentes visões para as oportunidades e desconstrua algumas coisas”, encerrou.
O Insurtech Brasil 2022 contou com o apoio da Sensedia, Innoveo, D1 – Zenvia, Planetun, Suthub, Autovist, Guy Carpenter, fitinsur, Carbigdata, Coover, Guidewire, Onze, Souza Melo Torres, Hannover Re, MAG, BNP Paribas Cardif e Bluecyber.
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