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Estudo do IESS indica caminhos para tornar a saúde bucal mais conectada, tecnológica e eficiente

Foto por: Marek Studzinski/ Unsplash Images
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Série ‘Caminhos da Saúde Suplementar – Perspectivas 2035’ posiciona a odontologia como chave para o cuidado integrado

São Paulo, 18 de junho de 2025 – Ampliar o acesso, reduzir custos e melhorar resultados de saúde a partir de uma maior atenção à saúde bucal. O novo estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) aponta que a odontologia precisa dar um salto de integração, tecnologia e foco em valor para se tornar mais sustentável até 2035 e integrada à agenda de cuidados de saúde. Para isso, propõe quatro pilares estratégicos: integração com a saúde geral e redes de atenção, digitalização e interoperabilidade de dados, novos modelos de pagamento baseados em valor e desempenho, além do fortalecimento das relações entre operadoras e prestadores de serviços.

O trabalho faz parte da série Caminhos da Saúde Suplementar – Perspectivas 2035, que antecipa tendências e soluções para os principais desafios do setor diante de mudanças demográficas, epidemiológicas e tecnológicas. A publicação completa está disponível no site do IESS: https://www.iess.org.br/biblioteca/tds-e-estudos/estudos-especiais-do-iess/caminhos-da-saude-suplementar-perspectivas-1.

“A saúde bucal ainda é tratada de forma secundária em uma estratégia de cuidado, quando deveria ser parte do mesmo ecossistema de atenção integral à saúde”, destaca José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Esse modelo fragmentado custa caro e entrega pouco valor para as pessoas”.

As consequências vão além das questões clínicas e sociais: há efeitos econômicos significativos gerados pela negligência à saúde bucal. Um estudo mencionado no trabalho do IESS estimou que o impacto econômico global das doenças dentárias totalizou US$ 442 bilhões em 2010 – valor composto por aproximadamente US$ 298 bilhões em custos diretos, relacionados ao tratamento odontológico, e cerca de US$ 144 bilhões em custos indiretos, como perda de produtividade devido ao absenteísmo e à incapacidade gerada pelas condições bucais.

O tema requer atenção e há casos práticos citados no trabalho do IESS indicam caminhos possíveis. É o caso de um programa escovação dental na Escócia, em um exemplo de que investir em prevenção retorna mais do que o dobro do valor aplicado. Também se mostra promissora a integração de profissionais da odontologia em funções mais amplas do sistema de saúde. Um estudo mencionado no trabalho do IESS relata que triagens para doenças crônicas em consultórios odontológicos poderiam gerar economias de até US$ 102,6 milhões por ano, valor que corresponde a US$ 32,72 por pessoa rastreada. A economia potencial depende da taxa de conclusão da referência do consultório odontológico para o consultório médico, o que reforça a importância da articulação efetiva entre os níveis de cuidado e a integração de serviços de saúde bucal e geral no contexto da atenção primária.

O estudo do IESS chama atenção também para a necessidade de rever a formação profissional, hoje ainda muito concentrada em especializações e procedimentos estéticos, e para o forte desequilíbrio regional na distribuição de dentistas, com mais da metade dos profissionais concentrados na Região Sudeste, enquanto áreas rurais e periferias urbanas seguem desassistidas.

Além disso, a análise destaca o potencial de tecnologias como impressão 3D, biossensores, inteligência artificial e telessaúde para qualificar o atendimento e ampliar a cobertura, desde que acompanhadas de regulação flexível, capacitação profissional contínua e financiamento adequado.

“Precisamos de uma regulação mais assertiva e propositiva, que permita às operadoras inovar em modelos de remuneração e tecnologias, sem engessar a gestão e o cuidado”, afirma Cechin. “O pagamento por procedimento, que predomina hoje, incentiva volume, não qualidade. Mudar esse paradigma é fundamental para a sustentabilidade do setor”.

Junto com a modernização tecnológica, o estudo sugere o alinhamento entre operadoras e prestadores, superando conflitos de interesses e reforçando vínculos colaborativos para garantir mais qualidade, eficiência e cuidado centrado no paciente.

“Um sistema de saúde bucal robusto é peça-chave para a qualidade de vida, produtividade e economia de recursos no longo prazo. O Brasil tem profissionais capacitados e tecnologia disponível, mas precisa alinhar todos os atores em torno do mesmo objetivo: entregar mais saúde para a população”, aponta Cechin.

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