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Eventos Anos-Luz: uma programação especial sobre a luz no MAM Rio

Bia Lessa - Crédito: Fabio Souza
Bia Lessa – Crédito: Fabio Souza

A instalação Anos-Luz, com concepção e direção-geral de Bia Lessa, traz uma intensa programação paralela com patrocínio da Light

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro abre as suas portas para uma programação especial que vai além da  exposição Anos-Luz, da diretora e multiartista Bia Lessa. A agenda inclui uma série de encontros com poetas, cientistas, músicos e artistas aos sábados e uma mostra de cinema na Cinemateca do MAM. A instalação, em cartaz no museu, faz uma homenagem aos 120 anos da Light e convida o público para uma experiência imersiva e sensorial.

Conversas Anos-Luz

Ciclo de encontros com artistas e pensadores de diferentes saberes, dentro do espaço expositivo.

A cada sábado uma dupla diferente de convidados reflete sobre as relações entre luz e sombra, espaço e tempo sob perspectivas diversas. Estão previstos nomes como o cantor e compositor Moreno Veloso, o escritor, ensaísta e professor Silviano Santiago e o poeta Carlito Azevedo — sempre com mediação de Maria Borba. As vagas são limitadas.

O próximo encontro, no dia 13 de setembro às 14h, traz a crítica literária e ensaísta Flora Süssekind e o artista plástico, escritor e músico Nuno Ramos para conversar ao redor do tema: “És metade sombra ou todo sombra, tuas relações com a luz como se tecem?”. O debate parte do poema A Goeldi, de Carlos Drummond de Andrade, que reflete sobre as diferentes facetas da existência e da percepção — como a escuridão e a ausência de luz que moldam a vida.

Mostra de Cinema Anos-Luz

Clássicos da relação entre a luz, a câmera e a ação.

Para Eisenstein, a luz é uma ferramenta para expressar a dualidade e o conflito. Já em “Vidas Secas”, de Nelson Pereira dos Santos, a luz é usada de forma a simbolizar a aridez, a secura e a falta de esperança que permeiam a vida da família de retirantes no sertão.

A programação na Cinemateca do MAM, paralela à exposição, começa no dia 17 de setembro com filmes que foram marcos do uso da luz na história do cinema, com exibições em película e em formato digital, destacando diferentes usos da luz.

Programação Anos-Luz

SÁB 13 SET . 14h

Conversas Anos-Luz

És metade sombra ou todo sombra, tuas relações com a luz como se tecem?
> Com Flora Sussekind e Nuno Ramos. Mediação: Maria Borba.

Flora Süssekind  é ensaísta e pesquisadora, trabalha como professora associada na Graduação em Estética e Teoria do Teatro (Centro de Letras e Artes) e no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC) da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Tem focado seus estudos em teoria e historiografia literária e teatral, em formas diversas de intervenção crítica, nas relações entre as artes e entre arte e técnica, na cultura oitocentista brasileira e na produção cultural contemporânea.

Nuno Ramos é formado em filosofia pela Universidade de São Paulo. Pintor, desenhista, escultor, escritor, cineasta, cenógrafo e compositor, tem exposto regularmente no Brasil e no exterior. Participou da Bienal de Veneza de 1995, onde foi o artista representante do pavilhão brasileiro, e das Bienais Internacionais de São Paulo de 1985, 1989, 1994 e 2010. Em 2006, recebeu, pelo conjunto da obra, o Grant Award da Barnett and Annalee Newman Foundation. Dentre as exposições individuais que fez, destacam-se, em 2010, as produzidas na Gallery 32, em Londres, Inglaterra; no Galpão Fortes Vilaça, em São Paulo, Brasil; e no MAM Rio — Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil.

QUA 17 SET . 16h30

Mostra de Cinema Anos-Luz

Lola, a flor proibida (Lola), de Jacques Demy. França, 1961. Com Anouk Aimée, Marc Michel, Jacques Harden. 90’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.

QUI 18 SET . 18h30

Mostra de Cinema Anos-Luz

Vidas secas, de Nelson Pereira dos Santos. Brasil, 1963. Com Átila Iório, Maria Ribeiro, Orlando Macedo. 103’. Em 35mm. Classificação indicativa livre.

SEX 19 SET . 16h10

Mostra de Cinema Anos-Luz

A roda da fortuna (The Band Wagon), de Vincente Minnelli. EUA, 1953. Com Fred Astaire, Cyd Charisse, Oscar Levant. 112’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa livre.

SEX 19 SET . 18h30

Mostra de Cinema Anos-Luz

Mostra de cinema Anos-luz. The Flicker, de Tony Conrad. EUA, 1966. Experimental. 30’. + Arnulf Rainer, de Peter Kubelka. Áustria, 1960. Experimental. 7’. + T,O,U,C,H,I,N,G, de Paul Sharits. EUA, 1969. Experimental. 12’. + The Riddle of Lumen, de Stan Brakhage. EUA, 1972. Experimental. 14’. + Fuses, de Carolee Schneemann. EUA, 1967. Experimental. 23’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 18 anos.

SÁB 20 SET . 16h

Conversas Anos-Luz
Belezas são coisas acesas por dentro

> Com Marília Garcia e Moreno Veloso. Mediação: Maria Borba.

Marília Garcia  é uma poeta, artista, tradutora e editora brasileira. É autora dos livros 20 poemas para o seu walkman (São Paulo: Cosac Naify, 2007/ Bahía Blanca, Argentina: Vox Editorial, 2013), Engano geográfico (Rio de Janeiro: 7letras, 2012 / Error geográfico: Barcelona, 2015), Um teste de resistores (Rio de Janeiro: 7letras, 2014 / Lisboa: Mariposa Azual, 2015), Paris não tem centro (Megamíni, 2015), Câmera lenta (São Paulo: Companhia das letras, 2017) e Expedição: Nebulosa (São Paulo, Companhia das Letras, 2023) — todos de poesia —, do livro de ensaios Pensar com as mãos (São Paulo: Martins Fontes, 2025) e do infantil, ilustrado por Ligia Franchini, Escolha uma palavra (São Paulo: Companhia das letrinhas, 2025).

Moreno Veloso é músico e compositor brasileiro. Em 2000 gravou seu primeiro álbum, Máquina de Escrever Música , mas sua estreia como compositor veio em 1982 com “Um Canto de Afoxé para o Bloco Do Ilê”, uma referência ao Ilê Aiyê, bloco carnavalesco de Salvador, Bahia.

SÁB 20 SET . 18h20

Mostra de Cinema Anos-Luz

Paixão (Passion), de Jean-Luc Godard. França, 1982. Com Jerzy Radziwilowicz, Isabelle Huppert, Hanna Schygulla, Michel Piccoli. 88’. Em 35mm. Legendas em português. Classificação indicativa 16 anos.

DOM 21 SET . 16h20

Mostra de Cinema Anos-Luz

Cinzas no paraíso (Days of Heaven), de Terrence Malick. EUA, 1978. Com Richard Gere, Brooke Adams, Sam Shepard. 94’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 12 anos.

DOM 21 SET . 18h20

Mostra de Cinema Anos-Luz

Otelo (The Tragedy of Othello, the Moor of Venice), de Orson Welles. Itália/EUA, 1951. Com Orson Welles, Micheál MacLiammóir, Suzanne Cloutier. 90’. Em DCP. Legendas em português. Classificação indicativa 14 anos.

SÁB 27 SET . 16h

Conversas Anos-Luz
Histórias do Rio através da luz

> Com Joaquim Marçal Andrade e Lucas Pedretti. Mediação: Maria Borba.

Joaquim Marçal Ferreira de Andrade é pesquisador da Biblioteca Nacional e curador, pela BN, do portal Brasiliana Fotográfica. Trabalha na instituição há mais de 35 anos, onde atuou como designer e chefiou a Seção de Promoções Culturais, a Divisão de Fotografia e a Divisão de Iconografia. Coordenou o projeto de resgate da coleção de fotografias doada pelo imperador d. Pedro II – hoje inscrita no Registro Internacional do Programa Memória do Mundo, da Unesco. É membro correspondente da Câmara Técnica de Documentos Audiovisuais, Iconográficos, Sonoros e Musicais do Conselho Nacional de Arquivos/Conarq.

Lucas Pedretti é historiador, doutor em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp/UERJ). Como autor, assina os livros Dançando na mira da ditadura: bailes soul e violência contra a população negra nos anos 1970 (Arquivo Nacional, 2022) e A Transição Inacabada: violência de Estado e direitos humanos na redemocratização (Companhia das Letras, 2024), além de ser coorganizador de Memória, movimentos sociais e direitos humanos (Editora da UFRJ, 2024). Foi pesquisador da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro e do Instituto de Pesquisas da Religião.

SÁB 4 OUT . 16h

Conversas Anos-Luz
Ler sem ver

> Com Carlito Azevedo e Milton Machado. Mediação: Maria Borba.

Carlito Azevedo é poeta e tradutor, já em sua estreia na literatura, foi premiado com o Jabuti, por Collapsus Linguae (1991). Dois anos depois, publicou As banhistas, seguido de Sob a noite física (1996) e Versos de circunstância (2001). Em 2001, reuniu seus poemas na antologia Sublunar e lançou o elogiado Monodrama (2009) e O livro das postagens, de 2016. Foi editor da revista Inimigo Rumor.

Milton Machado é artista visual, professor, pesquisador e escritor. Arquiteto pela FAU-UFRJ e PhD em Artes Visuais pela Goldsmiths College University of London. Suas obras abrangem pintura, desenho, escultura, crítica e fotografia. Suas obras integram numerosas coleções, tais como: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil; Museo de Arte de Lima, Peru; Museo Civico Gibellina, Gibellina, Itália; Daros Foundation, Zurique, Suíça; Essex Collection of Art from Latin America (ESCALA), University of Essex, Colchester, Reino Unido; e Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil. Publicou os livros “História do Futuro” (2011), “Cabeça” (2014) e “Sutura” (poesia, 2023). É professor titular da Escola de Belas Artes da UFRJ e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

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