Empresa aposta na valorização, na equidade e luta para oferecer oportunidades por mérito
Finalizando o ‘mês comemorativo das mulheres’, março trouxe a reflexão para além do empreendedorismo, importância da equidade salarial, relevância na maternidade e em diversos outros papéis primordiais na sociedade. Um dos desafios da mulher brasileira é a ocupação de cargos de liderança. Algumas organizações incentivam a liderança feminina e já somam 14% das empresas com áreas específicas dedicadas à promoção da igualdade de gênero no trabalho.
Luciana Grande, gerente de Gente e Gestão da Rede Lojacorr, explica que no mercado de Recursos Humanos já é percebida essa mudança, assim como acontece na Rede Lojacorr, a maior rede de corretoras de seguros independentes do país. A empresa aposta na valorização, na equidade e luta para oferecer oportunidades por mérito e não tanto pelo gênero, o que gera oportunidades de crescimento independente do sexo, favorecendo a ascensão das mulheres nas organizações. O quadro de colaboradoras da rede equivale 57,14% do quadro geral preenchido por mulheres e metade das posições de lideranças são femininas, além de incentivar o empreendedorismo feminino das corretoras de seguros em todo o Brasil. Com mais de 20 anos de experiência no mercado, Luciana destaca que as mulheres devem ser protagonistas da sua própria história e, assim, conquistar a independência. “Sempre fui muito incentivada pela minha família, principalmente, meu pai, em buscar ser independente, ter meu espaço de reconhecimento, enfrentar os mais diversos desafios com coragem, disciplina e estudo”, relata.
Mesmo assim, Luciana afirma que ser independente traz pequenas contradições. ”Ser independente não é sinônimo de agressividade, impetuosidade ou extrema racionalidade. Não precisamos ter uma postura masculina ou deixar de ser quem somos para provar nossa competência para ocupar posições de liderança. Sensibilidade não é sinônimo de fragilidade, mas sim é uma vantagem competitiva para perceber nuances e detalhes que podem fazer toda a diferença em uma tomada de decisão”.
Apesar da conquista como líder, Luciana reforça que esse foi um resultado de seu esforço e defende que essa facilidade não é tão comum. “O que vemos ainda no mercado é que há mais homens preparados e disponíveis para posições de média e alta liderança do que mulheres. Para conquistar cargos mais altos na hierarquia, nós mulheres precisamos investir uma dose maior de esforço e preparo para provar que somos competentes”, revela.
Luciana acrescenta, por fim, que há uma sensação de dever. “Sentimos que temos que ser fortes o tempo todo e temos que dar conta de tudo: casa, família, maternidade, trabalho”, conta. Porém, para ela, de maneira alguma, isto demonstra fraqueza. “É a nossa grande força que nos diferencia, mas não nos aparta dos homens. É através do ‘sentir’ que nos conectamos com o outro de forma autêntica e empática”, diz.
Ana Clara Baptistella, coordenadora de Branding da Lojacorr, também é um exemplo, e foi promovida durante a gestação. “Isso foi o reconhecimento e a confiança da empresa em mim e tenho como missão de fortalecer e elevar a nossa marca. Durante esses 10 anos de casa, me desenvolvi e cresci junto com a empresa. Vejo meu desenvolvimento na Lojacorr não apenas como profissional, mas como ser humano, e sempre me senti acolhida, não só como profissional, mas como mulher, e como mãe também”, relata Ana.
Por ter iniciado sua vida profissional ainda muito jovem, Ana ressalta que isso despertou a importância da capacitação e do conhecimento como força motriz transformadora de sua vida. “Dessa forma sabia que conquistaria meu espaço como profissional e abriria as portas para uma vida com mais equilíbrio financeiro e emocional. O desenvolvimento é contínuo, mas hoje, como mãe, consigo perceber como podemos nos tornar profissionais ainda melhores. Nossos olhos se abrem para o mundo de uma forma muito diferente. Conseguimos ter uma visão ainda mais sistêmica sobre as coisas, além de que conseguimos priorizar as necessidades de forma muito mais assertiva”, frisa a executiva.
Para Ana, essa união da mulher profissional e mãe é muito rica e positiva, mas também desafiadora. “Nossa liderança é exercida de várias formas. Em nossas casas lideramos nossas famílias, nas empresas apoiamos e impulsionamos projetos. Nós mulheres temos sensibilidade e conseguimos executar diversas atividades com cuidado e atenção. Infelizmente existe uma pressão incutida pela sociedade no qual precisamos nos doar imensamente para todas as funções, mas o equilíbrio é a palavra que acredito ser norteadora, por mais difícil que possa ser, vejo a importância de unirmos os aprendizados e o melhor de cada uma das vivências, pois no fim somos um único ser e temos muito a agregar no mundo corporativo”, esclarece.