Pediatra do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) orienta sobre principais problemas após contato com piscina, praia e aglomerações nesta época do ano
Durante as férias, as crianças costumam ter mais acesso a atividades ao ar livre e podem ficam mais expostas a infecções. Doenças de pele, de cabelo, de unha, por ter mais contato com piscina, praia, areia e aquelas causadas por ambientes com aglomeração de pessoas são mais comuns neste período. Entre as mais comuns são: verme, virose, micose, otite, olho de peixe e bicho geográfico. A pediatra do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Larissa Marques separou dicas e informações sobre como prevenir e tratar as enfermidades, caso elas ocorram durante o período de descanso das crianças.
Piolho (Pediculose)
É uma infestação por pequenos insetos que vivem no couro cabeludo e causam coceira. Para o tratamento, é necessário fazer uso de shampoos específicos, pentes finos para remoção dos ovos e aplicação de produtos indicados por profissional de saúde. Mas, para evitar quadros de piolhos, os pais e responsáveis devem evitar que as crianças tenham contato direto com pessoas infestadas, além de não deixá-las compartilharem escovas de cabelo, roupas, bonés e toalhas. É fundamental manter o cabelo seco, já que a umidade favorece a proliferação.
Molusco Contagioso
Infecção viral de pele que causa pequenas lesões parecidas com verrugas, transmitidas por contato direto com pessoas infectadas. A avaliação e o tratamento devem ser feitos por dermatologistas ou pediatras para a remoção e controle do quadro infeccioso. Para prevenir, é importante evitar contato quem apresentar as lesões, cuidar da higiene da pele. Os pais devem supervisionar as crianças para evitar coceira e disseminação.
Bicho Geográfico (Larva Migrans Cutânea)
Infecção causada por larvas de parasitas que penetram na pele, produzindo lesões avermelhadas e “caminhos tortuosos” visíveis. Como muitas crianças viajam durante essa época do ano, é preciso que os responsáveis atentem-se a higiene rigorosa após brincadeiras ao ar livre e tente evitar o contato direto das crianças com a areia ou terra contaminada, especialmente em praias ou parques. O tratamento é realizado com medicamentos tópicos ou orais prescritos por médicos e também com aplicação de compressas frias para aliviar a coceira.
Verminose (Parasitoses Intestinais)
Infestação intestinal por vermes, que causa dor abdominal, diarreia e coceira anal. Em quadros da patologia, o médico deve ser consultado para o diagnóstico correto e receitar o uso de vermífugos. Mas, a prevenção ajuda e muito nestes casos. Para isso, é preciso lavar bem frutas, verduras e legumes, além de todos os alimentos crus. É importante consumir água potável de fontes confiáveis e evitar comer em locais com higiene duvidosa, além de sempre higienizar as mãos com frequência, principalmente antes das refeições, seja com água e sabão, seja com álcool em gel.
Micose (Infecção Fúngica da Pele)
Infecção causada por fungos que afeta a pele, provocando lesões, descamação e coceira. Para evitar micose, é recomendado que a pele esteja sempre limpa e seca, não compartilhar roupas e toalhas e tomar banho logo após sair da piscina ou praia. Pais e responsáveis devem supervisionar a higiene pessoal das crianças nos rios, praias e piscinas também. Para o tratamento, é feito o uso de antifúngicos tópicos ou orais, conforme indicação médica.
Otite
Infecção ou inflamação do ouvido médio, comum em crianças, que pode causar dor e febre. Muitas das otites são provocadas pela entrada de água do mar do cloro no ouvido. Para tratá-la, médicos receitam o uso de antibióticos ou outros medicamentos, conforme necessário. A prevenção é feita por meio de vacina (pneumocócica e influenza) e pelo cuidado ao expor as crianças em ambientes com fumaças ou mudanças bruscas de temperatura.
Virose
Infecção viral que pode causar sintomas como febre, coriza, dor de garganta e mal-estar. Para evitar esse problema, é preciso verificar se as águas estão próprias para banho, bem como avaliar a coloração da piscina e do mar. Além disso, fazer a higiene das mãos com álcool em gel ou água e sabão. Evitar contato próximo com pessoas doentes, manter vacinação atualizada, especialmente contra influenza e Covid-19. Crianças afetadas com viroses devem repousar e ter acesso a hidratação correta para aliviar os sintomas. Em casos persistentes, avaliação médica é necessária.