Profissionais da educação de mais de cinco mil escolas estaduais de São Paulo participaram de iniciativa inédita na quarta-feira (5)
Diretores, professores e funcionários de todas as mais de cinco mil escolas da rede estadual de São Paulo participaram, na quarta-feira (5), de uma formação inédita com psicólogos e equipe do programa Conviva SP (Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar) da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP). O objetivo do encontro é capacitar os profissionais da educação para identificar sinais e adotar estratégias de apoio a estudantes com dificuldades de socialização e questões relacionadas à saúde mental, tanto no ambiente escolar quanto em casa.
A iniciativa da Seduc-SP foca no impacto da proibição do uso de celulares nas escolas entre alunos que já enfrentavam dificuldades de interação. O impedimento do uso dos celulares, muito bem-recebido por escolas e pais, pode tornar mais desafiadora a adaptação para alguns estudantes. “Não podemos deixar de pensar em cada um dos nossos alunos, a partir de suas necessidades específicas, e identificamos que esse pode ser sim um desafio que precisamos estar atentos e sensíveis para agir”, diz Daniele Quirino, coordenadora do Conviva.
A formação visa dar suporte aos educadores, ajudando-os a identificar precocemente essas questões emocionais e a atuar de maneira mais eficaz no acolhimento e no apoio aos alunos.
Proibição dos celulares nas escolas
Desde o último dia 3 de fevereiro, 1º dia de aula do ano letivo de 2025, é proibido o uso de aparelhos eletrônicos nas aulas, intervalos, recreios e atividades extracurriculares em todas as classes do Ensino Fundamental (1º ao 6º ano) e Ensino Médio. A medida cumpre duas leis, Estadual nº 18.058/2024 e Federal nº 15.100/2025, que proíbe o uso de celulares nas escolas elaboradas com objetivo de garantir que a escola seja um espaço dedicado ao aprendizado, à socialização e ao desenvolvimento integral dos estudantes. A Seduc-SP elaborou um documento, em conjunto com o Conviva SP, para orientar as ações das unidades de ensino.