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Grupo AXA se mobiliza em torno do debate da inclusão de pessoas com deficiência

Katiane Souza, uma das mentoradas brasileiras / Divulgação / AXA no Brasil
Katiane Souza, uma das mentoradas brasileiras / Divulgação / AXA no Brasil

AXA no Brasil adere à campanha global e promove trocas para desenvolvimento de profissionais PCD e reflexões de como avançar na agenda

Segundo dados do IBGE de 2022, a taxa de participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho é de 28,3%. Ela é bem inferior quando comparada à inserção de pessoas sem deficiência: 66,3%. Os números contabilizam quem está ocupado e quem está em busca de emprego. Essa diferença mostra como é desafiador para que PCDs consigam entrar no mercado de trabalho. Porém, não basta apenas oferecer vagas exclusivas para esse público: é preciso entender e trabalhar questões específicas ligadas a ele, preparando o ambiente corporativo para acolher essas pessoas. Foi pensando nisso que o Grupo AXA criou o Programa Exchange, que reúne iniciativas ao redor do mundo no intuito de criar um ambiente realmente inclusivo e influenciar o mercado. 

A AXA no Brasil faz parte dessa iniciativa global e uma das ações replicadas no país é um programa de mentoria que envolve os integrantes do Comitê Executivo. Nele, os executivos participaram de uma série de encontros com colaboradores da AXA – PCDs ou que tenham algum parente próximo que seja – que se inscreveram para participar do projeto.

As duplas são formadas por pessoas que tenham uma atuação profissional próxima e façam parte das mesmas áreas na companhia. Nos encontros, o mentorado tem uma visão dos conhecimentos, ferramentas e estratégias necessárias para sua evolução profissional. Já o mentor, também é beneficiado, uma vez que pode ter uma compreensão maior dos trabalhadores com deficiência, seus desafios e possibilidades na empresa. 

Ao longo de um ano, as duplas participam de três a seis conversas sobre esses temas e também podem desenvolver debates e projetos sobre como a AXA pode continuar aprimorando a inclusão de pessoas com deficiência, não só da porta para dentro, mas também pensando em ações para os seus outros públicos de interesse.

“Quando falamos sobre inclusão, sem dúvida alguma passamos por um valor muito importante: a empatia. É impossível trabalhar esse tema sem se colocar no lugar do outro, ouvir, entender e trocar. Nesse sentido, o Exchange tem um enorme potencial para continuar avançando, pois ele já nasce nesse lugar”, afirma Alexandre Campos, Vice-Presidente de RH, Compliance, Jurídico e Sustentabilidade, que também é um dos mentores do programa. O executivo acrescenta que o programa pode contribuir para o avanço na construção de um ambiente de trabalho cuidadoso com esses profissionais e que compreenda suas reais necessidades. “A empresa tem que estar preparada para receber todos os talentos e integrá-los verdadeiramente ao negócio”, completa Alexandre. 

Além do Exchange, a AXA no Brasil também vem debatendo a inclusão em rodas de conversas e na participação em eventos como Dive In, festival global que aconteceu em setembro e fala sobre diversidade e inclusão em seguros e resseguros. 

Trocas de experiências

Uma das mentoradas brasileiras, Katiane Souza, esteve em Paris, na sede do grupo, onde se reuniu com profissionais da AXA do mundo inteiro para trocar experiências e ampliar o debate sobre o tema, pensando em soluções. Além disso, Katiane também é uma das integrantes da AXA Voices of Disability, campanha global que será lançada em 5 de dezembro pelo grupo, com o intuito de mobilizar AXAs ao redor do mundo em torno do tema e engajar ainda mais pessoas nesse assunto. 

Com o apoio do seu mentor, Alexander Galli, Vice-Presidente de Riscos, Katiane também desenvolveu um projeto com alguns passos para que a AXA no Brasil possa avançar em termos de inclusão de pessoas com as chamadas “deficiências invisíveis”, como a auditiva, que é o seu caso. Entre as propostas, eles apontam caminhos como adotar o uso do cordão verde com desenhos de girassóis, representação das deficiências ocultas. 

“Participar do projeto foi muito importante para mim. Durante as mentorias, o Alexander Galli falou muito sobre confiança e persistência. Pude ouvir histórias sobre a vida dele e me inspirar para aplicar soluções parecidas na minha jornada. Me senti muito motivada e acolhida ao perceber o olhar da empresa e da liderança para a inclusão. Alexander Galli contribuiu para que eu me sentisse preparada para representar a AXA no Brasil no encontro da França. Para mim, essa foi uma experiência única para refletir sobre o tema, trocar e pensar no futuro. Antes de participar do Exchange, eu ficava receosa de me comunicar com outras pessoas e acho que, com as mentorias, derrubei essa barreira que eu mesmo havia criado inconscientemente”, afirma Katiane Souza. 

Além do projeto pensado por Katiane, outras ideias saíram das mentorias e estão em análise para implementação na AXA. Reinaldo Mendonça, outro mentorado do Exchange, pensou em um projeto de apadrinhamento para oferecer suporte necessário para que novos colaboradores PCDs se sintam incluídos na AXA. Antes da chegada deles, são feitas rodas de conversa com o time e com o gestor sobre capacitismo e outros temas. E, ao começar suas atividades, o colaborador PCD recebe um padrinho, participante do programa Exchange.

Já Ingrid Machado se debruçou na inclusão de pessoas que estão no espectro autista. Sua ideia tem como objetivo pensar na criação de vagas que permitam que essas pessoas usem suas melhores habilidades, como hiperfoco, alta concentração e um olhar atento aos detalhes. 

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