Encontro proporcionou aos visitantes conhecerem um pouco mais sobre a fábrica em Goiana e participarem de reunião que debateu a gestão do plasma brasileiro
A Hemobrás deu mais um passo importante para seguir fortalecendo o recolhimento do plasma excedente utilizado na produção dos medicamentos hemoderivados. Nesta quinta-feira (27), a empresa estatal federal promoveu um encontro com gestores da hemorrede pública, em uma agenda que contou com uma visita ao Parque Fabril de Goiana e uma reunião envolvendo diretores da farmacêutica, do Ministério da Saúde e representantes de todos os hemocentros públicos do país. Uma oportunidade para discutir estratégias para fortalecer a infraestrutura da hemorrede, o que pode garantir uma ampliação da coleta do plasma em mais de 40% nos próximos anos.
Os hemocentros coordenadores são os maiores fornecedores do plasma excedente captado através das doações de sangue voluntárias da população brasileira. O aumento possível será viabilizado a partir do investimento realizado pelo Governo Federal, através do Novo PAC, com um aporte previsto de R$100 milhões para a compra de equipamentos da cadeia de frio. Esse e outros temas, como investimentos em recursos humanos e sistemas informatizados, dentre outros, também foram debatidos durante o encontro.
“É por isso que é tão importante estreitarmos as relações com os nossos parceiros da hemorrede. Os benefícios que a Hemobrás tem gerado para o SUS e seus usuários só são possíveis a partir do esforço dos hemocentros. Então esse é um momento para a gente se encontrar, trocar ideias e opiniões, ouvir as necessidades de cada um e traçar em conjunto as estratégias necessárias para que esse trabalho se fortaleça, porque quem vai ganhar é a população brasileira que necessita dos medicamentos hemoderivados”, comentou a presidente da estatal produtora de medicamentos, Ana Paula Menezes.
Dentro da programação do encontro, durante a conferência para discutir a gestão do plasma no país, a Hemobrás apresentou aos convidados dados correspondentes aos esforços realizados pela hemorrede e ao volume de plasma recolhido em 2024. Entre os números destacados a produção de medicamentos gerados a partir do insumo e um comparativo com a capacidade produtiva da fábrica, além do baixo percentual de descarte de bolsas fornecidas pelas hemorredes.
Na ocasião, a diretora geral do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e representante do grupo Hemocentros Unidos, Luciana Carlos, apresentou à Hemobrás e aos integrantes do Ministério da Saúde presentes na conferência. um posicionamento dos hemocentros brasileiros com pontos que precisam de atenção e suporte no cenário onde estão inseridos, assim como propostas para um trabalho em conjunto que beneficie a infraestrutura, o recolhimento do plasma nestes locais. “A hemorrede brasileira está inteira presente neste encontro e nos sentimos muito felizes em poder fazer parte desse processo da implantação da produção de hemoderivados no país. Temos feito muitos esforços para que a gente possa disponibilizar toda a matéria-prima que a Hemobrás precisa. É impressionante conhecer as instalações da fábrica, ver como tudo está organizado e como as pessoas estão motivadas para que isto se torne uma realidade, cada vez mais, presente. Que a gente tenha este equipamento servindo ao SUS como é previsto na política nacional do sangue. Nosso objetivo é a autossuficiência do Brasil em hemocomponentes e hemoderivados”, declarou a diretora.
A participação de representantes do Ministério da Saúde durante a conferência ratificou o compromisso do Governo Federal com a gestão do sangue. “Temos um compromisso com o suporte à hemorrede para ampliação do fornecimento de plasma excedente para a Hemobrás. Estamos realizando todos os esforços, como a minha participação neste evento, para discutir pessoalmente com vocês as principais questões que tornam este fortalecimento possível”, afirmou Aristides Oliveira, diretor de Atenção Especializada e Temática do Ministério da Saúde.
Bárbara Simões, coordenadora geral do Centro de Hemoderivados do Ministério da Saúde, também participou do encontro e apresentou posicionamento sobre o processo de aquisição de equipamentos através do PAC e sobre o empenho do órgão para priorização dessa ação. “Nosso objetivo é fortalecer o parque tecnológico dos hemocentros para aumento do fornecimento do plasma para a Hemobrás e, consequentemente, aumentar a produção dos hemoderivados para a população”.
Para encerrar o evento, em forma de reconhecimento à atuação eficiente dos fornecedores que cumprem os requisitos exigidos, a Hemobrás entregou certificados aos serviços de hemoterapia qualificados para fracionamento do plasma para uso industrial. Na ocasião, foram certificados o Centro de Hemoterapia de Sergipe (HEMOSE); O MT Hemocentro; o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (HEMOMAR); o Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (HEMORGS); a Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (HEMOBA); Centro de Hematologia e Hemoterapia do Espírito Santo (HEMOES); e o Hemocentro de Alagoas (HEMOAL).