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IA no direito: 300 mil advogados no Brasil já adotam ferramentas especializadas para otimizar trabalho, diz pesquisa

IA no direito: 300 mil advogados no Brasil já adotam ferramentas especializadas para otimizar trabalho, diz pesquisa / Foto: Freepik
IA no direito: 300 mil advogados no Brasil já adotam ferramentas especializadas para otimizar trabalho, diz pesquisa / Foto: Freepik

Um levantamento realizado pela Joori indica que mais de 300 mil advogados no Brasil já utilizam ferramentas de inteligência artificial (IA) especializadas no setor para trabalhar, representando aproximadamente 20% dos profissionais registrados na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O levantamento consolidou o número de usuários do país nas principais ferramentas de IA para o setor. A informação reflete o papel crescente da tecnologia no setor jurídico, promovendo maior eficiência e competitividade em um mercado altamente dinâmico.

A adoção de IA no setor jurídico tem ganhado força devido à sua capacidade de automatizar processos, reduzir custos e aumentar a produtividade. Ferramentas de IA gerativa estão sendo amplamente aplicadas para simplificar pesquisas jurídicas, oferecendo acesso rápido a precedentes, jurisprudências e informações atualizadas. Tecnologias avançadas também têm facilitado a criação de documentos legais e a revisão automatizada de contratos, otimizando tarefas que antes exigiam horas de trabalho manual. “A automação não substitui o profissional jurídico, mas o capacita a focar em questões estratégicas e atendimento personalizado, elevando o valor dos serviços”, afirma João Canesin, líder do projeto Joori.

Pesquisas de organizações renomadas corroboram o impacto transformador da IA no setor jurídico. Um estudo da McKinsey & Company revela que 70% das empresas globalmente adotaram IA em suas operações, com 65% utilizando IA generativa para automação de processos. No setor jurídico, essa automação contribui diretamente para maior eficiência e qualidade nos serviços prestados.

“Embora o Brasil esteja em estágios iniciais de adoção, o ritmo de crescimento observado em países como o Reino Unido sugere que a tendência é de rápida expansão. Lá, a adoção de IA no setor jurídico saltou de 11% em 2023 para 41% em 2024. O Brasil pode alcançar patamares semelhantes, com uma taxa de utilização de ferramentas de IA estimada entre 40% e 50% até 2025”, comenta Canesin.

Joori surge como principal assistente de IA para no direito brasileiro

A Joori é uma assistente de inteligência artificial desenvolvida pela Alore, uma startup brasileira especializada em soluções de blockchain e IA. Lançada em 2024, a plataforma foi criada ao longo de dois anos com um investimento de R$ 3 milhões, sob a liderança de João Canesin, especialista em IA.

A Joori foi projetada para reduzir o tempo gasto em tarefas operacionais no setor jurídico, permitindo que advogados e escritórios de todos os tamanhos concentrem seus esforços em atividades estratégicas.

Entre suas funcionalidades estão análises automatizadas de audiências, pesquisas jurídicas avançadas, criação de peças jurídicas e organização de processos. A plataforma é totalmente adaptada à legislação brasileira e já trouxe resultados notáveis para escritórios como o Brandão & Costa Advogados, que relatou uma redução de 95% no tempo de resposta aos clientes. “Nosso objetivo é democratizar o acesso a soluções de IA para o setor jurídico, transformando a maneira como os profissionais trabalham”, explica João Canesin.

A inteligência artificial está redefinindo o cenário jurídico brasileiro. Com a capacidade de economizar tempo, reduzir custos e aumentar o valor agregado dos serviços prestados, a IA se consolida como um pilar fundamental para a transformação digital no setor. O futuro da advocacia será moldado pela integração entre a expertise humana e o poder da tecnologia.

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