Inflação brasileira deve atingir 4,2% em 2024, preveem economistas da Allianz Trade

Nova Futura Investimentos analisa o mercado financeiro nesta quarta (04) / Pixabay
Foto: Pixabay

Relatório Global Economic Outlook analisou o cenário macroeconômico em 14 países e aponta desaceleração do PIB no Brasil

A incerteza geopolítica e de políticas econômicas deve ter grande impacto negativo no fornecimento em 2024. Esta é a principal conclusão do relatório Global Economic Outlook, divulgado recentemente pelo time de economistas da Allianz Research, que fazem parte da Allianz Trade, líder global em seguro de crédito comercial.

Os economistas reforçam que o calendário eleitoral movimentado em 2024 aumentará a incerteza econômica, já que países que representam 60% do PIB global vão às urnas este ano. Nesse contexto, é provável que governos, famílias e empresas adotem uma abordagem de cautela, adiando decisões econômicas importantes.

Um ano eleitoral carregado significa também grandes chances de mudanças no quadro geopolítico, algo particularmente importante no contexto de conflitos em que vivemos: a guerra Rússia-Ucrânia, o conflito Israelense–Palestino e mais recentemente, a Crise no Mar Vermelho, por exemplo. Assim, monitorar os resultados das diversas eleições globais, além da evolução desses diversos confiltos será crucial ao longo do ano, uma vez que eles poderão ter implicações relevantes no cenário econômico.

Queda da inflação brasileira

No Brasil, a previsão da inflação para 2024 é de 4,2%, uma queda de 0,4 pontos percentuais em comparação ao previsto para 2023 (4,6%). A inflação brasileira segue tendência de desaceleração também observada em várias economias avançadas, impulsionada pela queda nos preços de energia, relaxamento das tensões nas cadeias de produção, além de efeitos de uma política monetária restritiva. Para a América Latina, os economistas apontam uma queda mais significativa, de 8,4 pontos percentuais em comparação ao ano passado, atingindo 15,0%. (Tabela 2)

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Além disso, o estudo aponta que a seletividade será a chave para os mercados emergentes neste ano. Os cortes nas taxas de juros devem se generalizar nos mercados emergentes (EMs) em 2024: o ritmo e a profundidade desses cortes são efeitos dos progressos registrados na frente da desinflação, da evolução do equilíbrio global dos riscos e das condições monetárias e financeiras mundiais. Enquanto isso, o desequilíbrio nos balanços de pagamento deve continuar a melhorar, formando ventos favoráveis para a “reemergência” dos EMs.

A análise explica, ainda assim, que existe a possibilidade de que o espectro de riscos para os mercados emergentes se torne cada vez mais fragmentado, com alguns países avançando rapidamente e outros ficando para trás. As principais incógnitas persistem no lado da política monetária para algumas economias, e no lado fiscal para um maior número de países.

Análise do PIB

O estudo também analisou o comportamento do PIB para 2024 em 14 países e os economistas preveem uma leve queda de 0,3 pontos percentuais no PIB Global. Por outro lado, a previsão é de crescimento de +1,4% nos Estados Unidos, +0,8% na Zona do Euro, +4,6% na China e +0,6% no Reino Unido.

Já na América Latina, a previsão também é de queda (0,6 pontos percentuais) em comparação a 2023. No Brasil, esse decréscimo é ainda maior e o PIB nacional, segundo os economistas, deve alcançar +1,5% em 2024, 1,6 pontos percentuais a menos que no ano passado, conforme mostra o gráfico abaixo.

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