As novas tecnologias têm sido muito utilizadas para eliminar processos burocráticos
Nos últimos anos, o mundo se viu tomado pelas Inteligências Artificiais. É possível encontrá-las desde em ferramentas de texto até, mais recentemente, em programas criadores de imagens e vídeos realistas. A chamada I.A. teve seu início na década de 1950 pelo ramo da ciência que se concentra no desenvolvimento de sistemas e algoritmos capazes de realizar tarefas. Naquela época, essas tarefas necessitavam da inteligência humana.
As transformações trazidas pela Inteligência artificial chegaram, também, ao mundo corporativo, principalmente em áreas como a de gestão de pessoas. Essas transformações têm permitido, por exemplo, que os setores de Recursos Humanos e Departamento Pessoal eliminem diversos processos burocráticos e se tornem mais estratégicos. Mas, uma das preocupações que normalmente surge com o aparecimento de novas tecnologias é a da desumanização e, consequentemente, a perda de empregos.
Rafaela Cozar, Head de Gestão e Inovação na Roda Brasil Logística, transportadora que tem como foco organizacional o investimento em tecnologia e em gestão profissional, acredita que esses medos não passam de “lendas”. “Um dos maiores desafios é mesmo o da resistência à mudança, que já enfrentamos em outras situações”, explica. “É importante ressaltar os benefícios da I.A. e capacitar esses colaboradores para as novas ferramentas. Assim, garante-se a manutenção dos cargos em vez da substituição”.
Na visão dela, qualquer ferramenta tecnológica pode, se mal utilizada, desumanizar um trabalho. “A questão da Inteligência Artificial é que ela serve para auxiliar o trabalho humano em processos complexos ou burocráticos. Na prática, se bem utilizada, ela pode otimizar os processos e permite focar mais no lado humano do trabalho”, argumenta Rafaela. O tempo otimizado pela I.A., portanto, pode ser utilizado para dar atenção plena às pessoas. São várias as áreas nas quais a Inteligência Artificial tem auxiliado, como nos serviços de gestão, planejamento, organização, direção e controle dos recursos humanos.
Por exemplo, já é muito comum utilizar a I.A. no processo de recrutamento. “Ela ajuda a selecionar candidatos fazendo o cruzamento de dados dos currículos, redes sociais, testes e entrevistas com aquilo que a empresa busca”, comenta a Head. Também utiliza-se essa tecnologia no momento de avaliar os colaboradores, a partir da mensuração de pontos positivos e negativos, metas e indicadores estabelecidos como valores para a empresa. “Sem contar que também permite que se crie planos de desenvolvimento dos colaboradores”, conta.
Outro ponto no qual a I.A. auxilia é o da comunicação, já que há várias ferramentas que permitem o compartilhamento de informações, mensagens personalizadas e a criação de pesquisa de climas organizacionais. As vantagens, como se vê, são várias: com a I.A. é possível uma redução de custos, já que os processos são automatizados, fazendo também com que se tornem muito mais eficientes e ágeis. “Assim, a produtividade do setor também aumenta, já que a burocracia fica com a I.A. e o setor pode focar em questões mais estratégicas”, encerra Rafaela.