Leandro Rosadas, economista e especialista em gestão de supermercados, analisa as consequências das variações de preços nos produtos essenciais e a educadora financeira, Aline Soaper dá dicas de como economizar
No último dia 11, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou os novos do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referentes ao mês de maio. Segundo o estudo, o índice foi de 0,46% ficando 0,08 ponto percentual acima da dos 0,38%, apontados em abril. Segundo o Leandro Rosadas, economista e especialista em gestão de supermercados, entender essas dinâmicas é essencial para o setor varejista ajustar estratégias e oferecer opções acessíveis aos consumidores.
O crescimento foi inflacionado porque dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em maio. A maior variação veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com alta de 0,69% e 0,09 p.p. de contribuição. Já os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,62%) e Habitação (0,67%), com 0,13 p.p. e 0,10 p.p. respectivamente.
Segundo a pesquisa feita pelo IBGE, foram observadas altas nos preços da batata inglesa (20,61%), cebola (7,94%), leite longa vida (5,36%) e café moído (3,42%). “O aumento contínuo nos preços dos alimentos e bebidas representa um desafio significativo para as famílias brasileiras, afetando diretamente seu poder de compra e demandando uma análise estratégica do setor varejista”, comenta Rosadas.
Para o especialista, o aumento contínuo nos preços dos alimentos e bebidas representa um desafio significativo para as famílias brasileiras, afetando diretamente seu poder de compra.
A educadora financeira, Aline Soaper revela que a saída para economizar na hora de realizar as compras do mês no supermercado é pesquisar e adaptar a lista de compras e fazer muita pesquisa. “Com a alta dos preços dos produtos nos supermercados, é necessária uma pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos, para escolher as melhores opções de acordo com o custo-benefício. Outra estratégia que deve ser utilizada pelos consumidores é a substituição de produtos com valor nutricional parecido e optar por marcas mais baratas. Também ir ao mercado com tudo que vai comprar anotado e levar calculadora. Diante desses aumentos as despesas têm que estar na ponta do lápis para caber tudo no orçamento familiar”, indica Soaper.
Os números recentemente divulgados pelo IBGE colocam em evidência um cenário desafiador para o orçamento familiar, com o aumento nos preços dos alimentos e bebidas como peça central dessa narrativa econômica. Diante desse contexto, as famílias brasileiras têm desafio duplo: a necessidade de equilibrar o planejamento financeiro em meio a um cenário inflacionário e, ao mesmo tempo, garantir o acesso a produtos essenciais para a alimentação diária.