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Mais que vender: como fidelizar clientes em setores tradicionais

Junior Sturmer, Head de Marketing TruckPag, Crédito de Imagem Mariana Gurgacz
Junior Sturmer, Head de Marketing TruckPag, Crédito de Imagem Mariana Gurgacz

Confira artigo de Junior Sturmer, Head de Marketing da TruckPag

Sempre acreditei que o marketing é, na verdade, a engrenagem que posiciona marcas, gera valor percebido e constrói vínculos sólidos. E sem confiança, não há lealdade que resista, o que transforma o ato de fidelizar não só em estratégia, mas em urgência para as empresas. Isso reverbera no orçamento das marcas, visto que manter um cliente custa menos do que conquistar um novo, e os ganhos vão muito além da economia.  Consumidores fiéis podem gastar até 67% a mais do que os novos, segundo um estudo da Bain & Company. Em tempos de competição acirrada e excesso de oferta, essa diferença não pode ser ignorada.

Em setores nichados, especialmente os mais tradicionais, fidelizar é mais do que boas intenções. Exige planejamento, estrutura e, principalmente, um marketing que vá além da venda. É preciso construir vínculos reais e duradouros. O problema é que, muitas vezes, o marketing ainda é subestimado, visto apenas como ferramenta de campanhas pontuais. Isso é um erro estratégico. O marketing é, na verdade, a engrenagem que posiciona marcas, gera valor percebido e constrói confiança. E sem confiança, não há lealdade que resista.

É justamente aí que a fidelização se revela um ativo poderoso a longo prazo. Um estudo da Harvard Business Review Brasil mostra que um aumento de apenas 5% na retenção de clientes pode elevar os lucros entre 25% e 95%. Além disso, segundo o Instituto Locomotiva, a maioria dos consumidores brasileiros permanece fiel a marcas que demonstram, de forma consistente, compromisso com seus valores e propósito. Esses dados deixam claro: vender é só o ponto de partida, o que sustenta um negócio no longo prazo é o relacionamento contínuo.

E em setores como o de frotas pesadas, no qual cada decisão envolve alto investimento e risco operacional, confiança não é bônus, é pré-requisito. Nesses mercados, o marketing estruturado deve funcionar como arquiteto da confiança, guiando cada interação, reforçando valores e consolidando a imagem da marca com consistência.

Clientes satisfeitos não apenas voltam: eles recomendam, defendem e influenciam. Tornam-se promotores espontâneos, e essa força orgânica construída no dia a dia, na entrega real de valor, gera uma vantagem competitiva que nenhuma campanha publicitária isolada consegue replicar.

Investir em marketing estruturado é, portanto, mais do que uma escolha inteligente: é uma condição para crescer com previsibilidade, manter rentabilidade e proteger a reputação da marca. No fim das contas, só permanecem aquelas empresas que entendem que fidelizar é construir valor de verdade. Enquanto outras, que insistem em viver de picos de venda, inevitavelmente ficam pelo caminho.

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