Ao ser divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) o marco de 5 milhões de pedidos de patentes publicados no mundo, consultoria especializada explica a importância do registro de marcas e patentes logo no início dos planos de expansão de mercado
Em um cenário global marcado por avanços tecnológicos acelerados e disputas comerciais acirradas, a proteção de marcas e patentes de inovações tornou-se um pilar estratégico para empresas que buscam se destacar e se proteger no mercado. A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) aponta que as disputas por propriedade intelectual atingiram níveis recordes nos últimos anos, impulsionadas pela concorrência global e pela digitalização acelerada. No final de 2024, o órgão chegou a marca 5 milhões de pedidos de patente publicados, um marco em quase cinquenta anos de atividades.
Dentro desse cenário, a consultoria Marpa Marcas e Patentes, reforça a importância de incluir nos processos de internacionalização, o registro de propriedade intelectual, garantindo segurança jurídica e competitividade das empresas. Em 2024, a Marpa chegou a realizar registros de marcas em 11 países, abrangendo a América do Norte, Europa e Oceania, além da América do Sul, onde concentra o maior número de pedidos, envolvendo países como Colômbia, Equador, Peru, Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. O avanço reflete o crescente movimento de internacionalização de empresas e exportação de produtos e serviços, que é observado nos últimos anos no Brasil.
Tendências globais e desafios locais
A internacionalização de empresas exige planejamento, e a proteção de marcas e invenções é um dos primeiros passos para garantir o sucesso nesse processo. Segundo à consultoria, os prazos para conclusão desses processos podem ultrapassar dois anos, dependendo do país. A falta de registro pode resultar em disputas judiciais, prejuízos financeiros, perda de direitos sobre a marca ou invenção e até a necessidade de rebranding, como ocorreu com a então Tesla Motors, que enfrentou uma disputa judicial na China. Para o Diretor Comercial da Marpa, William Soares, o maior desafio está na conscientização de empresários e líderes de projetos de internacionalização de empresas.
“Muitos ainda subestimam a complexidade de proteger marcas e inovações em mercados internacionais. No entanto, a ausência de registros pode levar a prejuízos milionários e até a perda de direitos. Por isso, é essencial planejar a proteção intelectual com antecedência, cumprindo as etapas e prazos do processo”, afirma William.
O especialista explica que a proteção de marcas e patentes não é apenas uma questão jurídica, mas também estratégica para a sustentabilidade dos projetos. “Empresas que investem em propriedade intelectual estão mais preparadas para competir globalmente, evitando surpresas desagradáveis e prejuízos em seus planos de expansão”, complementa.