Com atuação em mais de 50 países, InsureMO avalia que o setor precisará de suporte tecnológico para se adequar a nova regulamentação
Uma das maiores empresas globais de tecnologia para o mercado de seguros, com negócios em mais de 50 países, está acompanhando de perto o processo de regulamentação das Associações de Proteção Veicular no Brasil. O InsureMO (Insurance Middle Office), plataforma de infraestrutura tecnológica para o ecossistema de seguros, avalia que esse é um novo segmento a ser explorado e que precisará de suporte tecnológico.
Para se ter uma ideia do tamanho desse mercado, mais de duas mil dessas organizações concluíram seu cadastramento junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep). Isso significa um incremento de cinco milhões de novos veículos que agora passarão a ser legalmente protegidos. Toda essa movimentação, além de trazer mais segurança e garantia para os consumidores, deve aumentar o faturamento do mercado entre oito e dez bilhões de reais ao ano.
Porém, o caminho para chegar a esse mercado não será fácil. A proposta normativa da Susep estabelece um prazo de até 18 meses para que as associações se adaptem, com janelas de autorização para administradoras e exigência de governança, compliance, contabilidade, rateios, reservas e registros.
Para Rafael Rodrigues, General Manager Latam do InsureMO, essa transição vai exigir infraestrutura tecnológica robusta, flexibilidade regulatória, e agilidade de implementação. “É exatamente nesse ponto que nós queremos nos posicionar como o middleware ideal para construir o novo ecossistema regulado de proteção veicular. Somos uma plataforma aberta à inovação, concebida justamente para casos como este das APVs”, revela.
De acordo com o executivo, entre os principais desafios estariam a criação de grupos mutualistas com governança estruturada; o estabelecimento de sistemas de rateio, indenização e provisões técnicas; a necessidade do cumprimento de obrigações contábeis, atuariais e regulatórias; e a integração com registradoras, bancos, canais digitais e rede de prestadores.
“Resumidamente, acredito que o desafio dessa regulamentação exige uma nova jornada operacional, porque envolve uma mistura de tempo curto e complexidade alta. Por isso, contar com um modelo modular e configurável vai permitir que as administradoras ou associações avancem em direção à conformidade regulatória sem partir do zero”, disse Rafael.
Segundo ele, a multinacional já começou a trabalhar em parceria com outros players do mercado para ajudar na evolução deste ecossistema. A ideia é disponibilizar uma série de soluções que facilitem essa transição, como motor de cálculo cloud-native de alta performance; biblioteca digital com mais de 10 mil componentes reutilizáveis para montagem de produtos customizados em semanas; além de uma plataforma de integração ágil, que integre facilmente com sistemas contábeis, financeiros, registradoras (B3), canais digitais e bancos.
“Quem liderar a adequação das APVs ao novo marco regulatório sairá na frente com reputação, escala e acesso a novos mercados. O InsureMO oferece o caminho mais rápido, seguro e escalável para chegar lá. A transformação do modelo mutualista em um modelo institucional não é uma mudança apenas jurídica ou contábil. É, acima de tudo, tecnológica”, concluiu.