Juros baixos para clientes e maior segurança nas operações são alguns dos motivos que ajudaram a popularizar formato no país
O home equity, modalidade de crédito em que o tomador oferece um imóvel como garantia, teve crescimento de mais de 80% no valor das concessões no Brasil entre 2018 e 2021, chegando a um volume anual de US$ 14 bilhões, de acordo com o levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Um dos grandes impulsos para a popularização e busca crescente desta modalidade são as vantagens para o tomador de crédito, como melhores condições de pagamento e menores taxas de juros.
“As transformações recentes na economia brasileira afetam diretamente como o brasileiro toma crédito, além de como e quando faz investimentos. O mercado imobiliário segue aquecido em várias capitais, mantendo a demanda da construção e venda de imóveis em tendência de crescimento. E o home equity é uma fonte de funding muito interessante não somente para o setor, mas todo empresário MPME”, explica Marco Antônio Raimundo, founder & CEO da Crediblue, fintech especializada em home equity que oferece soluções digitais para a oferta de crédito com garantia imobiliária.
Apesar de ter uma participação ainda aquém do seu potencial no PIB brasileiro, o mercado de capitais no setor imobiliário pode oferecer uma fonte inesgotável para obtenção de recursos e concessões de crédito, ao contrário da atual realidade do funding via FGTS ou empréstimos com base na caderneta de poupança. Isso ajuda a compreender o cenário positivo para seu crescimento. A fatia do setor no mercado de capitais subiu de 26,6%, em 2021, para 34% no final de 2023. Enquanto isso, a caderneta recuou de 46% para 40% e a do FGTS oscilou pouco, ficando em 26,2%, de acordo com o levantamento da Abecip.
“O home equity é importante para o desenvolvimento do mercado de crédito, porque pode contribuir com uma injeção significativa de recursos na economia e, ao mesmo tempo, fortalecer os fundos de investimento imobiliário no mercado de capitais”, prossegue Raimundo.
Os juros baixos oferecidos pelos correspondentes bancários são um dos principais atrativos para as MPME, PJs e pessoas físicas. A Crediblue, por exemplo, oferece uma taxa a partir de 1,08% + IPCA. “Conseguimos disponibilizar uma das menores taxas do país e prazos maiores de pagamentos. Isso possibilita os clientes terem segurança para quitar os seus débitos e grandes oportunidades de fecharem contrato”, prossegue Marco Antônio.
À medida que o home equity ganha relevância, mudanças em andamento na legislação também podem contribuir para sua expansão, como o Marco Legal das Garantias, em tramitação em Brasília. A proposta de lei visa reformular as normas que regulamentam as garantias de empréstimos, facilitando e tornando mais barata a obtenção de crédito e diminuindo os riscos de os credores “levarem um calote”. O projeto define regras e prazos de intimação eletrônica em caso de dívidas que não foram pagas, além de reduzir custos das operações e os juros de financiamentos.
“O Marco vai garantir as execuções contratuais estabelecidas na contratação do crédito imobiliário, possibilitando oferecer juros cada vez mais competitivos para as MPME, PJs e pessoas físicas. Clientes também conseguirão se adequar mais facilmente aos prazos de pagamentos, evitando a inadimplência”, finaliza o CEO.