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Muito mais do que ginástica laboral: cuidados cruciais com a saúde e segurança dos trabalhadores do segundo setor

Paulo Ayres Muselli de Mendonça, Coordenador de Saúde Ocupacional da Gerdau / Foto: Divulgação
Paulo Ayres Muselli de Mendonça, Coordenador de Saúde Ocupacional da Gerdau / Foto: Divulgação

Processos e equipamentos tecnológicos foram apresentados ao longo do 13º WSSO, um dos maiores eventos de saúde e segurança ocupacional do Brasil, realizado em setembro na cidade de Ipatinga

De acordo com o levantamento feito pelo British Heart Foundation e pelo grupo Get Britain Standing, em escala mundial, os trabalhadores que atuam em escritórios têm passado cada vez mais tempo sentados. A pesquisa dos órgãos britânicos identificou que, ao longo da última década, 45% das mulheres e 37% dos homens, que trabalham nesses ambientes institucionais, ficaram de pé menos de 30 minutos por dia enquanto estavam em espaços corporativos, o que fez com que houvesse um aumento expressivo em casos de lesões em decorrência de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) e motivou os setores de RH de diversas empresas a defender que a ginástica laboral seria uma estratégia efetiva para garantir o bem-estar dos trabalhadores.

Setores como o de Indústria de Base, no entanto, demandam bem mais do que os famosos alongamentos periódicos, para garantir a qualidade de vida de seus colaboradores, como pontuou Paulo Ayres Muselli de Mendonça, Coordenador de Saúde Ocupacional da Gerdau, durante o painel que tratou do tema “Saúde Ocupacional” no 13º Workshop de Saúde, Segurança Ocupacional e Processos (WSSO).

“Quando falamos de saúde do trabalhador que atua no terceiro setor, temos que pensar para além do alongamento necessário após determinados períodos de trabalho. Isso porque, no ambiente industrial, nossos colaboradores estão expostos a cenários que exigem uma ergometria adequada, o uso de equipamentos de segurança confortáveis, o monitoramento da qualidade do ar, e muitos outros cuidados essenciais e diários”, explicou o Coordenador de Saúde Ocupacional.

Conforme destacou Mendonça, para enfrentar os desafios inerentes aos ambientes de trabalho da indústria — em especial naquelas que formam o setor de base, como siderúrgicas e mineradoras — empresas têm adotado estratégias que vão desde testes de concentração até o uso de tecnologia de ponta para o monitoramento de dinâmicas, ferramentas cruciais na promoção da segurança, não apenas para identificar trabalhadores aptos a lidar com processos arriscados, mas também para orientar a capacitação necessária.

Confira alguns dos elementos que têm ganhado destaque na promoção do bem-estar dos colaboradores do segundo setor e que foram exibidos ao longo do 13º WSSO, por empresas líderes no segmento de saúde e segurança ocupacional:

Equipamentos de Proteção ao Trabalhador (EPTs): Escudos contra o Perigo

Em setores como siderurgia e mineração, onde trabalhadores enfrentam altas temperaturas, exposição a produtos químicos e ruídos ensurdecedores, os Equipamentos de Proteção ao Trabalhador (EPTs) são escudos vitais contra o perigo. Nos últimos tempos, eles têm ganhado novas cores e componentes, para garantir conforto e eficiência.

Monitoramento de Ambientes com Tecnologia de Ponta: O Olhar Constante

Sensores inteligentes, câmeras de alta resolução e sistemas de IA têm sido cada vez mais empregados para monitorar e rastrear possíveis ameaças nas condições do local de trabalho. Essas tecnologias alertam para qualquer desvio das condições normais e permitem uma resposta rápida a situações de risco.

Treinamento Contínuo: O Conhecimento como Ferramenta de Segurança

O conhecimento é poder, e no ambiente industrial, é também uma ferramenta de segurança. Os trabalhadores precisam estar cientes dos riscos associados às suas tarefas e saber como reagir em situações de emergência. Programas de treinamento contínuo, atualizados de acordo com os últimos avanços em segurança, são essenciais.

Ergonomia: Adequando o Ambiente ao Trabalhador

A ergonomia desempenha um papel crucial na saúde dos trabalhadores de indústrias pesadas. A adaptação dos postos de trabalho às necessidades físicas e cognitivas dos colaboradores não apenas reduz lesões musculoesqueléticas, mas também aumenta a eficiência do trabalho.

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