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O perigo dos medicamentos vencidos

orange and white medication pill on persons hand
Photo by Ksenia Yakovleva on Unsplash

Médico da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo explica os riscos à saúde e orienta sobre o descarte correto de medicamentos fora do prazo de validade

Guardar uma medicação na gaveta do banheiro e tomá-la meses depois é um hábito mais comum do que se imagina — e também perigoso. Mesmo que o remédio pareça intacto, o uso de medicamentos vencidos pode trazer riscos sérios à saúde.“Medicamentos vencidos não apenas perdem sua eficácia, como também podem provocar reações adversas e efeitos colaterais graves”, alerta o Dr. Thiago Piccirillo, clínico geral da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

De acordo com a Anvisa, o uso de medicamentos com  validade expirada é contraindicado, justamente por não haver mais garantias quanto à estabilidade e à segurança do princípio ativo. Em outras palavras, além de não surtir o efeito esperado, o remédio pode provocar novos problemas de saúde.

“O prazo de validade é definido após estudos de estabilidade feitos pela indústria farmacêutica. Após esse período, o remédio pode sofrer degradação química, microbiológica ou física, o que pode resultar em ineficácia e até toxicidade”, explica o especialista.

Riscos que vão além da ineficácia

Segundo o Dr. Thiago, os principais riscos incluem intoxicações, reações alérgicas, sobrecarga hepática e agravamento do quadro clínico. “Diversos tipos de medicamentos podem apresentar problemas após o vencimento. Analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios, anticoncepcionais e até medicamentos de uso contínuo para doenças crônicas podem perder seu efeito ou provocar efeitos adversos indesejados”, explica..

Além disso, o uso de antibióticos vencidos merece atenção especial por favorecer o desenvolvimento de bactérias resistentes, um problema grave de saúde pública. Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) já apontou que o uso inadequado de medicamentos, incluindo a automedicação com fármacos vencidos, está entre os principais fatores que contribuem para o aumento da resistência antimicrobiana no mundo.

Há ainda casos em que o princípio ativo se degrada com o tempo e pode se transformar em uma substância tóxica, aumentando o risco de complicações para o paciente. “Por isso, mesmo que o remédio pareça em bom estado, ele não deve ser utilizado após o vencimento”, reforça o Dr. Thiago.

Mas o que fazer com os remédios vencidos?

Se a solução não é tomar, tampouco é jogar no lixo comum ou no vaso sanitário. O descarte incorreto pode contaminar o solo, a água e afetar a saúde coletiva. “O ideal é levar os medicamentos vencidos ou em desuso a pontos de coleta especializados, como farmácias e unidades de saúde que participam de programas de recolhimento”, orienta o médico.

Veja algumas dicas para o descarte adequado:

  • Não jogue no lixo doméstico, nem no vaso sanitário;
  • Remova bulas e embalagens externas, sempre que possível;
  • Leve os medicamentos vencidos a pontos de coleta de farmácias autorizadas ou postos de saúde.

A conscientização sobre o uso racional de medicamentos deve estar presente em toda a cadeia: do momento da compra ao descarte. Agir com responsabilidade é essencial para proteger a própria saúde, evitar riscos à comunidade e minimizar impactos no meio ambiente.

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