Em evento promovido pela CNseg, diretor da Bradesco Vida e Previdência destaca o produto como indispensável à construção de um planejamento financeiro consistente de longo prazo
“A Previdência Privada é o seguro de todos os seguros, o instrumento mais flexível e poderoso capaz de cobrir imprevistos, incluindo os que eventualmente não estejam cobertos pelos demais produtos de proteção”. A fala é do diretor da Bradesco Vida e Previdência Estevão Scripilliti, durante sua participação no 1º Workshop de Seguros para Jornalistas promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Realizado na última semana, o evento reuniu profissionais de todo o Brasil para debater a importância de disseminar a cultura do seguro para a sociedade.
Palestrante no painel “Seguro como Instrumento de Educação Financeira e Longevidade”, o executivo destacou em sua exposição os principais desafios da indústria de seguros e previdência nos próximos anos: a própria longevidade, os gastos maiores com saúde em idades mais avançadas, a incerteza do mercado de trabalho, as restrições orçamentárias do setor público e o financiamento intergeracional. “Não só estamos ficando mais velhos e vamos viver mais, como aqueles que nos financiam, os mais jovens, estão nascendo em menor volume”, pontuou, acrescentando que a expectativa de vida elevada torna ainda mais importante estar preparado financeiramente para usufruir o bônus etário com tranquilidade.
Apesar de ainda discretos, os números mostram uma melhora do cenário nos últimos anos. “De 2021 para 2022, a parcela da população que conseguiu economizar algum recurso aumentou de 27% para 32%, com evolução em todos os segmentos, embora menor nos estratos D e E”, destacou Scripilliti, citando a 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, realizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha. O estudo também revela que a maior parte da população ainda privilegia objetivos de prazo mais curto, como a compra de um carro ou uma viagem.
Para modificar esse quadro, de acordo com o diretor da Bradesco Vida e Previdência, é preciso ampliar o esforço para a democratização da educação financeira no país. “Para o crédito, as pessoas utilizam o débito automático. Por que não conseguimos ter a disciplina de sistematizar uma contribuição mensal, que seja de R$ 100, para nós mesmos ou para os filhos?”, questionou.
Segundo o executivo, é necessário ampliar o acesso aos instrumentos financeiros e de seguros, criar canais de comunicação confiáveis e transmitir para a população a importância da constituição de reservas de longo prazo, por meio de instrumentos como a Previdência Privada.
Dentre os principais atributos do produto, Scripilliti destacou a portabilidade, que permite ao participante trocar de gestor ou de fundo de investimento sem a incidência de imposto; a isenção do chamado “come-cotas”, cobrança semestral de Imposto de Renda incidente sobre os rendimentos de fundos de investimento; a flexibilidade para conversão em renda na fase de desacumulação; e a facilitação do processo sucessório, além dos benefícios fiscais da modalidade PGBL, que permite dedução das contribuições até o limite de 12% da renda bruta anual para quem faz a declaração completa de IR e contribui para o INSS.
Também participaram do painel sobre educação financeira e longevidade o chairman da MAG, Nilton Molina; a CEO da Brasilprev, Ângela Assis; e o pesquisador e professor da Escola de Negócios e Seguros (ENS), Carlos Heitor Campani.