Falhas na infraestrutura, mudanças climáticas e poluição hídrica levaram à morte de milhões de peixes nos últimos três anos no Brasil, mas seguros especializados e tecnologias emergentes oferecem novas esperanças para os produtores
Nos últimos três anos, a mortandade de peixes em tanques e rios tem se tornado uma preocupação crescente no Brasil. Eventos associados a falhas elétricas, mudanças climáticas, poluição hídrica e mudanças no manejo da piscicultura têm causado prejuízos significativos ao setor. No início deste ano, uma falha elétrica em uma propriedade em Nova Aurora (PR) resultou na morte de aproximadamente 150 mil tilápias. A interrupção de energia, causada por uma conexão elétrica superaquecida, comprometeu o sistema de oxigenação da água, levando os peixes à morte por asfixia.
A ausência de um sistema de alarme eficaz impediu uma resposta rápida, agravando o incidente e resultando na perda de cerca de 75 toneladas de peixes. Acidentes podem ocorrer em outras situações, como o episódio em julho de 2024 no Rio Piracicaba, em São Paulo, que registrou a morte de mais de 235 mil peixes, totalizando aproximadamente 50 toneladas, devido ao despejo irregular de poluentes que reduziram drasticamente os níveis de oxigênio na água, o que afetou a vida de pescadores da região. Eventos semelhantes também foram registrados em estados como o Amazonas e o Pará.
A criação de peixes é uma atividade econômica relevante no país, especialmente para pequenos e médios produtores, mas sua vulnerabilidade a falhas estruturais e condições ambientais adversas exige atenção redobrada. Avanços no setor de seguros e tecnologias de manejo minimizam os prejuízos e garantem desenvolvimento sustentável do produtor, visto que poderá continuar em campo após um evento adverso.
Pensando em oferecer proteção aos produtores, a Alper Seguros, uma das maiores corretoras de seguros do país com um time especializado em agronegócio, desenvolveu um seguro exclusivo que cobre o prejuízo causado pela mortalidade de peixes, que pode ter diversos gatilhos. “Sabemos que a criação de peixes depende de equipamentos como bombas e oxigenadores, cujo funcionamento contínuo é crucial. Nosso seguro foi projetado para proteger os criadores de perdas financeiras catastróficas, garantindo a continuidade do negócio em situações de emergência”, afirma André Lins, vice-presidente de agronegócios da Alper Seguros.
Esse tipo de seguro é especialmente importante em regiões rurais, onde interrupções no fornecimento de energia são mais frequentes e a falta de suporte imediato pode resultar em perdas totais de estoque. Além da cobertura básica para mortalidade, existem outros tipos de seguro que podem ser interessantes para os produtores, dependendo de suas necessidades e da natureza de suas operações. Giovanni Cezimbra Balen, diretor comercial de Agro da Alper Seguros, destaca algumas opções:
“O Seguro de Danos oferece proteção contra danos materiais e prejuízos causados por deslizamentos, desmoronamentos, falta de energia elétrica e até mesmo falhas elétricas, como a que afetou os produtores de tilápia no Paraná. Já o Seguro Agrícola atua como um seguro de vida para os peixes, garantindo uma indenização em caso de morte por doenças, acidentes ou outros imprevistos. Para quem busca uma proteção ainda mais personalizada, o Seguro Paramétrico oferece cobertura baseada em índices específicos, como a taxa de mortalidade. Se a mortalidade ultrapassar um certo limite predefinido, a indenização é acionada automaticamente”.
Proteções práticas que ajudam na aceitação do risco
Outra solução prática que ajuda a evitar a mortandade de peixes é o uso de geradores de energia. Esses dispositivos garantem o funcionamento de aeradores e outros sistemas críticos mesmo em casos de apagões. Atualmente, há incentivos e linhas de crédito específicas para produtores que desejam investir em geradores de alta eficiência.
Tecnologias que permitem o monitoramento em tempo real dos níveis de oxigênio, temperatura e pH da água ajudam os produtores a identificar problemas antes que eles se tornem críticos. Além disso, sensores conectados a sistemas de alerta podem notificar os criadores sobre mudanças nos parâmetros, permitindo intervenções rápidas.
A adoção de boas práticas de manejo, incluindo a densidade adequada nos tanques e o uso de alimentos de qualidade, também contribui para a saúde dos peixes. Esses cuidados reduzem o estresse nos animais e minimizam a ocorrência de doenças, outro fator comum de mortalidade.
Proteger a produção contra riscos ambientais e estruturais vai além de garantir o lucro do produtor; é também uma questão de segurança alimentar. O Brasil, um dos maiores exportadores de pescado, depende de uma cadeia produtiva sólida e resiliente para atender às demandas do mercado interno e externo. A combinação de seguros especializados, tecnologias inovadoras e práticas de manejo sustentável cria um cenário mais seguro e previsível para os criadores, permitindo que o setor continue a crescer sem as interrupções causadas por eventos inesperados.
Para saber mais sobre as soluções da Alper Seguros para proteção de aquiculturas, acesse https://www.alperseguros.com.br/.