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Recorde na Bolsa reflete na vida real com impacto direto no bolso do brasileiro

Adriana Ricci, especialista em investimentos e Bolsa de Valores / Foto: Divulgação
Adriana Ricci, especialista em investimentos e Bolsa de Valores / Foto: Divulgação

Desde os alimentos até os empregos tudo está conectado com o sobe e desce do mercado

A Bolsa de Valores do Brasil alcançou na quinta-feira, 15, o maior patamar da história no Brasil quando superou os 139 mil pontos no principal índice, o Ibovespa. Para muita gente, esse número pode parecer distante da vida real, mas o que acontece no mercado financeiro mexe diretamente na economia e, portanto, sim, no dia a dia de todo mundo.

Vários fatores interferem no desempenho da Bolsa, mas quando o índice sobe, geralmente significa que empresas de grande porte estão mais valorizadas e com suas ações em alta, elas conseguem captar recursos com mais facilidade para investir em produção, logística e expansão. Isso vale para indústrias farmacêuticas, redes de supermercados, empresas de transporte, companhias de energia, bancos e construtoras.

Na prática, isso pode influenciar o preço dos produtos nas prateleiras, conforme conta a especialista em investimentos e Bolsa de Valores, Adriana Ricci: “Se uma rede de supermercados listada na Bolsa consegue investir em tecnologia, transporte ou parcerias com fornecedores, ela pode reduzir os custos e ter mais eficiência, o que ajuda a manter ou até baixar o preço dos alimentos. O mesmo vale para uma empresa do setor de medicamentos, com mais recursos para negociar com distribuidores, importar insumos ou modernizar as fábricas, é possível melhorar a oferta e estabilizar os preços”, diz.

Outro exemplo está no emprego. Empresas com ações em alta tendem a abrir novas unidades, ampliar a produção ou lançar novos serviços. Isso gera vagas diretas e indiretas, movimenta pequenas e médias empresas fornecedoras e cria mais demanda por profissionais de áreas diversas.

Além disso, Adriana, que tem 25 anos de experiência no mercado financeiro, explica que mesmo quem nunca comprou uma ação pode ser impactado por meio de investimentos que já fazem parte da sua rotina sem perceber. “Fundos de previdência privada, planos de aposentadoria e até seguros de vida aplicam parte do dinheiro que recebem no mercado de ações e quando a Bolsa está em alta, esses investimentos têm mais retorno e isso pode se reverter em mais rendimento no longo prazo”, explica.

O movimento da Bolsa também influencia o clima da economia. Quando os investidores estão confiantes, há mais entrada de capital no país, o crédito tende a ficar mais barato e os juros podem cair. Isso afeta desde a prestação do financiamento imobiliário até o valor de parcelas de um eletrodoméstico comprado no crediário. “Eu sempre gosto de falar que uma coisa puxa a outra e esse cenário positivo, também impacta os cofres públicos. Empresas que lucram mais, pagam mais impostos e distribuem mais dividendos, o que pode aumentar a arrecadação do governo. Se bem administrado, esse dinheiro pode ser revertido em investimentos em infraestrutura, educação e saúde, o que impacta na vida e no cotidiano de todo mundo”, finaliza a fundadora da SHS Investimentos, empresa que atua no mercado financeiro desde 2008 e tem sede em São José dos Campos, SP.

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