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Saiba em quais ativos investir em um semestre que promete ser turbulento

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Photo by Stephen Dawson on Unsplash

Debêntures incentivadas, FIC FIDCs pulverizados e ações de companhias com estrutura de capital mais leves estão entre as melhores opções

O segundo semestre de 2025 começou sob o impacto de um novo pacote tarifário dos Estados Unidos, expectativa de turbulência política em diversas frentes — tanto no cenário doméstico quanto internacional — e manutenção de juros elevados no Brasil. Em uma situação como esta, quais ativos são mais adequados para os investidores? Nesse contexto, a gestora Hike Capital destaca oportunidades em ativos com maior previsibilidade, isenção tributária e fundamentos sólidos, tanto na renda fixa quanto na variável.

Para investidores conservadores ou que priorizam estabilidade, o ambiente de juros altos continua favorável a produtos como Tesouro IPCA+, CDBs de bancos médios e debêntures incentivadas. Segundo Jonas Carvalho, CEO da Hike Capital, as debêntures incentivadas indexadas ao CDI, com hedge e emitidas por empresas com rating entre A e AAA, devem apresentar performance destacada nos próximos meses. A proximidade da mudança na tributação desses papéis, prevista para 2026, tem impulsionado uma demanda recorde. Em junho, o mercado secundário movimentou R$ 37 bilhões — o maior volume mensal já registrado — e as emissões acumuladas em 2024 ultrapassaram R$ 132 bilhões, o dobro do recorde anterior.

“Um dos principais atrativos está na equivalência tributária: um ativo isento que rende 100% do CDI oferece uma rentabilidade líquida similar à de um título tributado com retorno bruto de CDI + 2,6%, um diferencial expressivo no cenário atual e ainda depois de dois anos, com alíquota de 15%”, explica Carvalho. A gestora destaca o fundo Absolute Hidra CDI Plus, que reúne uma carteira diversificada de debêntures incentivadas com hedge e prazo de resgate em 30 dias.

Ainda na renda fixa, os FIC FIDCs pulverizados ganham relevância como alternativa eficiente à renda fixa tradicional. Com retornos líquidos entre CDI + 2,5% e CDI + 3,3% e baixa oscilação, esses fundos se consolidam como opção atrativa para quem busca isenção de come-cotas e boa relação risco-retorno. “Deve-se olhar para fundos que demonstram consistência, resiliência e eficiência de risco. A carteira deve ser pulverizada, com forte controle de inadimplência e proteção robusta via subordinação”, observa Carvalho. O fundo MHX Multiplica é apontado como referência nesse segmento, cuja principal exposição do fundo é na antecipação de recebíveis a fornecedores e clientes da maior blindadora de veículos do mundo, a Carbon Union, além de mecanismos que reduzam a inadimplência como garantias, seguro de crédito e fiel depositária.

No mercado de ações, a Hike Capital recomenda companhias com estrutura de capital mais leve, trajetória clara de desalavancagem e forte geração de caixa em relação ao valor de mercado. “Este perfil tende a ser recompensado no atual cenário de juros elevados, maior seletividade e compressão de múltiplos”, afirma o CEO da gestora. Entre os nomes preferidos estão Ânima e YDUQ, com ciclo de desalavancagem apoiado pela maturação dos ativos adquiridos; Fleury, que mantém margens resilientes após a fusão com a Pardini; Desktop, com crescimento orgânico e desalavancagem consistente no setor de telecom regional; e as locadoras Movida e Localiza, que devem se beneficiar da normalização do setor e manutenção de ROIC elevado.

A Hike Capital reforça que, diante de um semestre marcado por incertezas geopolíticas e econômicas, a alocação em ativos com boa previsibilidade e fundamentos sólidos se torna ainda mais relevante para a construção de portfólios resilientes.

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