Segundo cofundadora da Start Growth, sua criação é importante para testar funcionalidades e reduzir riscos
MVP é um termo acrônimo para Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável em português). Trata-se de uma estratégia muito utilizada em startups que buscam validar ideias de negócio antes de fazer grandes investimentos financeiros no desenvolvimento do produto final.
Segundo Marilucia Silva Pertile, mentora de startups e cofundadora da Start Growth, Venture Capital que investe em startups e cria máquinas de marketing e vendas para potencializar o crescimento e a performance das organizações, o MVP é uma versão enxuta de um produto ou serviço, com apenas as funcionalidades fundamentais para resolver uma dor do usuário. “A criação de um MVP pode ajudar a reduzir o risco de investir grandes quantias em algo que não terá o sucesso esperado, auxilia a coletar o feedback dos clientes e ainda acelera o processo de desenvolvimento”, diz.
De acordo com a especialista, a criação de um MVP envolve entender exatamente o que os usuários buscam resolver com a solução para, daí sim, desenvolver as funcionalidades base do produto. “Para isso é preciso coletar feedbacks, realizar entrevistas, avaliar demandas de mercado e entender se a ideia realmente é relevante”, afirma.
A criação de um MVP geralmente é simples, sendo necessário que a startup tenha informações suficientes para construir o modelo do produto e ter clareza do que busca validar. “Primeiramente, você precisa entender o que está buscando resolver com essa solução. Caso contrário, irá desperdiçar tempo e recursos preciosos da sua startup. As hipóteses precisam estar alinhadas com as expectativas e objetivos do seu negócio”, aconselha Marilucia.
Ela avisa que, com o problema e as hipóteses definidos, é preciso mapear as funcionalidades fundamentais que fazem com que o produto resolva o problema dos usuários. “E é importante não se apegar, seja criterioso e selecione somente as features que são realmente indispensáveis na utilização da sua ferramenta ou serviço”, orienta.
Após o mapeamento das funcionalidades, o próximo passo é a criação do protótipo, que não precisa ser uma construção perfeita ou completa, mas tem que ser funcional. De acordo com a mentora de startups, vale apostar em sistemas simples, vídeos e até mesmo processos manuais.
“Então vem a fase de validação do MVP, em que é necessário avaliar se a hipótese tem aderência ao público e se o produto ou serviço tem potencial para evoluir como um produto final. E aqui é importante dizer que tudo pode acontecer nesta fase, inclusive o produto não ser uma boa ideia. O importante é estar aberto para qualquer resultado de validação”, finaliza.