Bradesco Seguros

SegPartners promove workshop sobre o corretor urbano e o agronegócio, além das novas atribuições do corretor de seguros

Grupo de corretoras com serviços compartilhados reuniu parceiros em São Paulo (SP)

Com a participação do especialista Paulo Botti, dos executivos Ivan Azevedo (MAPFRE) e Daniel de Pauli (Sombrero Seguros), a SegPartners promoveu painel sobre o Corretor Urbano e o Agronegócio. Além disso, o grupo de corretoras com serviços compartilhados promoveu um segundo painel sobre as novas atribuições do corretor de seguros, com apresentação do jornalista Antonio Penteado Mendonça e do consultor do Conselho da SegPartners, Alexandre Camillo. Ademais, Renato Spadafora, diretor geral e fundador da Decole Seguros Viagem, abordou as principais características das proteções para viagens em todo o planeta.

O ponto alto do primeiro painel abordou os decisores na hora da contratação dos seguros agrícolas, com o especialista Paulo Botti apresentando números representando o imenso potencial de negócios existentes no agronegócio para o corretor de seguros que atua em localidades como São Paulo, por exemplo. “O agrobusiness envolve os ofertantes dos insumos agropecuários, a agropecuária, a agroindústria e a distribuição de produtos como um todo”, exemplificou Botti.

 

Paulo Botti ainda demonstrou com dados a concentração do agronegócio no Centro-Oeste, representando 45% do PIB regional. No Norte, este índice chega a 33%, enquanto que no Nordeste representa 29%, com 21% de participação no Sudeste e 49% no Sul. “17% do PIB do Brasil vem antes da porteira (dentro da fazenda)”, complementou ao evidenciar a importância dos segmentos de agronegócio por região. “Além disso, tivemos R$ 7 bilhões em prêmios no Seguro Agrícola dentro da SegPartners”, destacou o também integrante do conselho da Sombrero Seguros ao sinalizar a baixa participação do seguro no campo, com apenas 10% da área potencial assegurada.

Parceria perene da MAPFRE com corretores e produtores

O executivo Ivan Azevedo, da MAPFRE, apresentou o vasto portfólio de produtos Agro distribuídos pela companhia. “O PIB do agronegócio representa mais de 25% da representatividade do total gerado pelo país, chegando aos quase R$ 2 trilhões”, disse ao sinalizar que o agronegócio é um dos pilares da economia brasileira e também um dos pilares que formam o DNA da companhia seguradora. “Operamos em várias linhas, com Multirrisco Rural e Penhor Rural, Seguro Colheita Garantida (Produtividade), Seguro Custeio Agrícola, Seguro Faturamento Agrícola Protegido, Seguro Granizo (Grãos e Olerícolas – Hortaliças), Seguro Granizo de Frutas, Seguro Cafezal, Seguro Pecuário, Seguro Floresta e o Vida – Produtor”, complementou ao apresentar a gama de soluções disponibilizada pela MAPFRE.

Sombrero Seguros e sua especialidade no Seguro Rural

Daniel de Pauli apresentou a atuação da Sombrero Seguros, presente em nove estados brasileiros, com especialidade nos seguros rurais, contando com soluções no Seguro de Custeio, Produtividade, Índices Climáticos, além de Máquinas e Benfeitorias. “Também atuamos com Seguro Garantia, Property e Responsabilidade Civil”, complementou o executivo ao evidenciar o foco na diversificação da carteira e no gerenciamento de riscos. “Nossa essência é campo, interior e trazer esses seguros que não são agro para o interior do país. Entendemos que existem muitas oportunidades neste nicho de negócio”, compartilhou.

Daniel ainda citou a relevância dos Seguros Paramétricos para um melhor dimensionamento de riscos, além da própria preservação da integridade da atividade agrícola. “Não deve substituir o seguro tradicional, mas sim complementar para todos os integrantes desse ecossistema, sendo um caminho sem volta”, ponderou Daniel ao enfatizar a importância dos critérios utilizados pelos distintos contratos de seguros agrícolas disponíveis no mercado.

Entendendo as novas atribuições do Corretor de Seguros

Alexandre Camillo destacou as mudanças em curso, tanto em questões legislativas, como normativas. Já Antonio Penteado Mendonça ponderou sobre as transformações tecnológicas e compartilhou insights valiosos e históricos sobre o Seguro Agrícola. “O Governo Federal subsidia uma parte do prêmio do seguro. O governo de São Paulo subsidia outra parte. É possível ter, por exemplo, 75% de subsídio do prêmio do seguro. Este é um excelente argumento comercial”, evidenciou ao mencionar exemplos internacionais e as especificidades do mercado brasileiro na comparação com outros mercados no ramo agrícola. “Agora, de acordo com a lei brasileira, o corretor de seguros é corretor de seguros. Temos a venda direta, através do corretor e dos agentes de seguros. No Brasil não existe o agente de seguros. Qual a diferença entre o corretor e o agente. O agente é um representante oficial da seguradora e a companhia responde por erros e omissões do agente. O corretor de seguros é o representante do segurado. E a lei brasileira não dizia isso. Você tinha o corretor de seguros atuando como agente, até então”, resumiu sobre os impactos dos novos dispositivos em vigor sobre os profissionais que atuam com corretagem de seguros.

Sobre a comissão dos corretores de seguros, Antonio Penteado Mendonça demonstrou que os corretores precisam mostrar serviço para receberem suas comissões. “Agora, o mercado está aberto e existe incentivo para a venda direta de seguros. Observamos o mesmo desenho do mundo inteiro em nosso país. As comissões podem ser negociadas e não tem mais subsídio para a Escola de Negócios e Seguros (ENS), ou seja, deixa de existir a figura da obrigatoriedade do corretor de seguros”, concluiu ao apontar mudanças significativas e importantes. “Vocês, corretores, precisam rever o posicionamento de vocês para evitar brechas para a continuidade de seus negócios”, observou.

Todavia, Alexandre Camillo evidenciou que as ditas associações de proteção veicular caminham para uma regulamentação, de modo a contar com reservas técnicas e o devido pagamento de impostos. “Devem tornar-se cooperativas de seguros”, sinalizou. Antonio Penteado Mendonça disse que essas organizações atuam a margem da lei e são uma atividade ilegal. “O corretor que se submete a isso estará claramente cometendo uma ilicitude”, elencou.

Ao apontar o surgimento das Sociedades Seguradoras de Propósitos Específicos, diante do surgimento das LRS – Letra de Risco de Seguros, Camillo citou que o Brasil tem potencial de atingir 10% do PIB, conforme projeta a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). “Para isso, também defendo o fortalecimento da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que atua com menos de um terço de seu quadro de servidores”, completou ao defender que a autarquia vire uma agência, da mesma forma que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Encerrando o painel, Antonio Penteado Mendonça argumentou que o corretor de seguros sempre terá o espaço dele. “É uma garantia a mais por estar sendo assessorado por um profissional competente”, concluiu.

Relevância dos seguros para viagem

Renato Spadafora, diretor geral e fundador da Decole Seguros Viagem, finalizou o encontro demonstrando a importância dessa solução para os mais variados tipos de situação. “Uma venda incorreta do Seguro Viagem pode responsabilizar o corretor, por isso é relevante contar com o Seguro de Responsabilidade Civil e trabalhar com as seguradoras mais adequadas”, encerrou o evento.

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