Confira artigo produzido pela colunista Regina Lacerda, CEO da Rainha Seguros
Alguns acontecimentos são verdadeiros imprevistos, mas acontecem com mais frequência do que se imagina. Incêndios e estouro de caixas d’água ou problemas envolvendo o encanamento de edifícios e demais instalações estão entre alguns dos imprevistos existentes em condomínios.
As apólices de seguro condominial atualmente são muito amplas, com possibilidade de coberturas para diferentes necessidades.
Sempre indico ao síndico a contratação de todas as opções disponíveis que se enquadrem dentro da realidade do condomínio, mesmo que uma ou outra cobertura ele entenda que “não vai acontecer”. Porque isso – se vai acontecer ou não –, a gente não sabe.
Imprevistos acontecem e sinistros são mais comuns do que se possa parecer.
Incialmente, é importante observar o valor de reconstrução de cada unidade para se compor a cobertura básica de incêndio, acrescentando toda área comum do condomínio.
Coberturas que possam beneficiar individualmente o condômino – como incêndio do conteúdo, aluguel de imóvel e roubo no apartamento – estão entre essas opções de coberturas e, por serem contratadas dentro de uma apólice coletiva, tem taxas muito mais baixas.
Como resultado, todos ficam cobertos com custos menores. Além disso, os demais riscos oferecidos pelas apólices das companhias – como danos elétricos, quebra de vidros, tumulto, vendaval, impacto de veículos, podem evitar desgastes entre os moradores e despesas extras no prédio.
Recentemente, uma mulher caiu em um buraco não sinalizado em um condomínio e ela será indenizada em R$ 16,4 mil.
Certamente, a cobertura de Responsabilidade Civil é que vai proteger o condomínio em eventos dessa natureza – danos corporais e materiais causados a terceiros por responsabilidade do prédio. Mas, falando sobre Responsabilidades, o síndico tem outras várias opções para ficar bem resguardado: Responsabilidade Civil (RC) Guarda de Veículos, RC Danos Materiais, RC Danos a portões eletrônicos e RC Empregador, por exemplo. Enfim, todo investimento será muito pequeno em vista de uma indenização, se ocorrer o sinistro.
Funcionários do condomínio também precisam estar assegurados
Gosto de pensar que os funcionários do condomínio precisam estar segurados porque é um benefício que agrega valor a eles, às suas famílias e oferecem dignidade.
Uma pessoa que serve aos moradores, muitas vezes durante toda sua vida, precisa estar segurada e deixar proteção também para sua família.
O auxílio funeral geralmente está dentro dessas apólices e, no momento da morte, é de grande benefício às famílias.
Em algumas regiões, como aqui no Distrito Federal, por exemplo, o seguro de vida para funcionários é obrigatório por força de Convenção Coletiva. Então, o síndico precisa fazer as coberturas fixadas na Convenção, incluindo cobertura para ele próprio. Nesta localidade, também, o plano odontológico é obrigatório por Convenção – o que dá ao funcionário um benefício imensurável que é o de tratar da saúde bucal com custo muito baixo, subsidiado pelo Condomínio.
Contratando o seguro para condomínio da forma correta
Nunca se deve contratar seguro sem a presença do corretor de seguros. É ele o profissional habilitado para identificar as necessidades do cliente, orientar corretamente, apresentar soluções de produtos oferecidos pelas seguradoras e atuar no momento do sinistro, se houver.
Principalmente em apólices condominiais, onde vários interesses e demandas estão sempre presentes, e onde, numa mesma apólice as coberturas podem chegar até vinte itens, é fundamental a participação do corretor.
Conclusão
É muito comum o síndico pegar a apólice do ano anterior e pedir pra repeti-la na renovação.
Isso é um erro grave e pode ter consequências desastrosas. Principalmente porque, via de regra, de um ano para outro há alguma variação imobiliária e o valor do patrimônio pode aumentar. Pode, inclusive, estabilizar ou até mesmo diminuir, como ocorreu no período da pandemia. Além disso o edifício pode ter passado por melhorias, construído um salão de festa, reformado a portaria.
É necessário, a cada ano, rever as importâncias seguradas e ajustá-las para se ter uma apólice sempre alinhada às necessidades atuais e reais do condomínio.