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Sem feriados ou finais de semana; ele criou uma startup que fez cada minuto valer a pena: foi acelerada e se prepara para nova rodada de investimento

Divulgação Alysson
Divulgação Alysson

Alysson Guimarães, fundador e CEO da LeverPro, relembra trajetória e aconselha iniciantes: “resiliência. Tentar, tentar muito!”

“Sai um pouco desse videogame, menino!”. Alysson Guimarães era dessas crianças que, de vez em quando, precisavam ser chamadas à atenção para fazer uma pausa nos jogos eletrônicos. Hoje, aos 39 anos, como fruto daquele gosto pela tecnologia que vem desde a infância, Alysson é dono da LeverPro, uma startup que está encerrando um ciclo de alto crescimento e se prepara para uma nova rodada de captação.

A LeverPro é uma empresa que desenvolve ferramentas para operações financeiras de organizações de médio e grande porte. São soluções tecnológicas integradas a mais de 50 softwares ERP (Planejamento de Recursos Empresariais). Só no primeiro trimestre do ano passado, faturou cinco vezes mais do que no mesmo período do ano anterior. Além disso, está entre as melhores fintechs do país no Ranking 100 Open Startups

Mas, entre o Alysson garoto, fã de tecnologia, e o Alysson empreendedor, consultor e executivo dos tempos atuais, algumas circunstâncias quase o tiraram do caminho da realização profissional por meio de sua paixão. Décadas atrás, ele lembra: “trabalhar com desenvolvimento de software não dava dinheiro”. Assim, para que ganhasse o suficiente, chegou a obter outra formação e a galgar vagas no mercado de finanças. No meio do caminho, ressurgiu a tecnologia.

Ele narra: “Sempre fui apaixonado por tecnologia, desde criança. Era ‘viciado’ em videogame, em computador. Fazia sites, vendia sites para os outros. Acabei me graduando em Engenharia Elétrica e obtendo certificação em Ciências da Computação. Estagiei em um laboratório da universidade (UFMG, Federal de Minas Gerais). Ganhava só R$ 400, não dava para nada. Mudei para a área de finanças”.

Alysson continua: “Fiz uns 40 trainees. Chegava às fases finais, nas entrevistas, só que, como não tinha experiência de trabalho na área de finanças, não passava. Era frustrante. Viajava até cinco vezes (de Minas Gerais para São Paulo) para um processo de seleção, e, na última etapa, não era aprovado por não ter atuado ou estar atuando na área”.

Até que, nesse período de tentativas, um amigo indicou Alysson para trabalhar em uma pequena construtora, assumindo a controladoria. Colocou em prática sua paixão e expertise em tecnologia. “Comecei a automatizar tudo (planilhas e fluxos financeiros). Trabalhava muito – fim de semana, feriado, Natal, Ano Novo. Em seis meses, estava tudo automatizado, virei especialista e comecei a ser procurado para outros trabalhos assim”.

Justamente em uma negociação para ser contratado por uma empresa, e como havia outras duas propostas, recebeu a orientação de constituir pessoa jurídica – e assim prestar serviço a todas aquelas três organizações interessadas. Era a gênese do Alysson empreendedor. “De três clientes iniciais, cheguei a 100, e contratei gente”. Aperfeiçoou os conhecimentos, fazendo pós-graduação em Administração e em Controladoria e Finanças.

Em 2017, com essa experiência acumulada, fundou a LeverPro, em Belo Horizonte. Passados sete anos, a startup conta com um time de cem colaboradores. Em fase de franca expansão, está ampliando em 30% o quadro de pessoal.

Já recebeu aportes de grandes fundos, como Bossanova, GR8 Ventures, Ace Ventures e GVAngels, além de parceria com o Cubo Itaú. “Temos ‘um milhão’ de desafios. Mas a LeverPro está crescendo, e crescendo com qualidade. Tivemos rentabilidade melhor do que empresas com captações semelhantes às nossas. Estamos fazendo mais e melhor, com menos”, diz o fundador e CEO da LeverPro.

A quem está disposto a se enveredar pela carreira de executivo ou de empreendedor, Alysson não se furta a dar orientações. Resiliência é a palavra-chave, sublinha ele. “É a coisa mais importante, porque praticamente tudo vai dar errado na primeira vez. Então, tem que tentar. Tentar, tentar muito, e tentar diferente”.

Especificamente na função de executivo, “entender de gente deve ser a preocupação prioritária, considera ele”. “No início de carreira, a gente não enxerga tudo de forma clara. Acaba pensando muito na parte técnica, no operacional. No entanto, o executivo, o líder, tem de conhecer sobre pessoas. Acompanhar seu time, promover treinamentos direcionados”.

 
 

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