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Será possível expandir a participação do seguro no PIB sem valorizar a comunicação?

Será possível expandir a participação do seguro no PIB sem valorizar a comunicação? / Foto: Freepik
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Em artigo, jornalista William Anthony critica falta de diálogo com a sociedade

Em tempos de transparência e valorização do diálogo aberto com a sociedade, propostas de expansão em qualquer setor devem ser abordadas com cautela e responsabilidade.

Recentemente, foi anunciada uma ousada proposta com o intuito de expandir a participação do seguro no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Tal pauta é extremamente valiosa e positiva não apenas para o setor, como para a sociedade como um todo. Mas cabe questionar se este tipo de iniciativa faz sentido sem a devida valorização da comunicação e atenção às informações disseminadas sobre a indústria seguradora, especialmente para o público consumidor em geral.

A falta de uma comunicação efetiva, aberta e transparente com a sociedade é uma lacuna que não pode ser ignorada. Por isso, reafirmo através dessas linhas a importância do jornalismo profissional e o compromisso do Universo do Seguro em atuar, cada vez mais, com o intuito de contribuir com o desenvolvimento do setor – através de sua liberdade editorial, atuação independente e responsável.

A importância da comunicação aberta

Vivemos em uma era de informação. Cidadãos têm acesso, em tempo real, a notícias, dados e informações de todas as partes do mundo. Essa realidade exige que instituições, governos e setores empresariais sejam mais transparentes em suas ações e decisões. Quando se trata de algo tão crucial quanto o seguro, que tem implicações diretas na vida das pessoas e na economia como um todo, uma comunicação clara é ainda mais essencial.

Expandir a participação do seguro no PIB sem dialogar com a sociedade pode trazer vários riscos:

  • Desconfiança pública: A falta de informação pode levar à desconfiança. Sem uma comunicação transparente, a população pode perceber a expansão como um movimento exclusivo de interesse corporativo, desconsiderando os benefícios coletivos.
  • Má interpretação: Sem informações claras, mitos e interpretações errôneas podem surgir e se espalhar rapidamente. Isso pode prejudicar a imagem do setor e criar obstáculos para futuras iniciativas.
  • Resistência a políticas futuras: A ausência de diálogo no presente pode gerar resistência em futuras propostas ou políticas relacionadas ao setor de seguros, dificultando avanços necessários para a sociedade.

Papel do seguro na economia

O setor de seguros desempenha um papel vital na estabilidade econômica. Ele fornece proteção financeira para indivíduos e empresas, facilitando investimentos, promovendo inovação e absorvendo choques financeiros. Aumentar a participação deste setor no PIB pode trazer benefícios macroeconômicos significativos, mas é crucial que a sociedade compreenda e apoie tal movimento.

Neste sentido, a ousadia de qualquer proposta de expansão econômica deve ser equilibrada com a responsabilidade da comunicação eficaz. A expansão do seguro no PIB pode ser uma oportunidade incrível para fortalecer a economia e proteger os cidadãos. No entanto, sem uma comunicação transparente e aberta, corre-se o risco de comprometer o potencial dessa iniciativa.

*William Anthony é jornalista especializado no setor de seguros há mais de uma década. Com passagens em diversos veículos de comunicação e empresas do setor, o profissional fundou o portal Universo do Seguro no final de 2022. O portal de notícias já registrou mais de 200 mil acessos no período e alcança mensalmente mais de 300 mil pessoas através das redes sociais disseminando as informações mais relevantes sobre o mercado brasileiro de seguros.

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