País confirma interesse no bConnect, tecnologia que já é utilizada pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai para garantir mais agilidade e segurança na troca de informações sobre comércio exterior
Uma equipe de funcionários aduaneiros da Bolívia compareceu ao Serpro na última semana para uma imersão sobre o bConnect, uma rede blockchain desenvolvida pelo Serpro para a Receita Federal do Brasil que começou a ser utilizada, em 2020, para conectar as aduanas de países membros do Mercosul. Desde então, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai já vêm utilizando a tecnologia para garantir a troca automatizada de dados de comércio exterior. O objetivo do treinamento foi prestar apoio à equipe do país para tornar a sua rede operacional.
“Foi uma semana de trabalho bem produtiva. Fizemos uma imersão no blockchain, passando pela parte teórica e depois partindo para a prática (“hands on”), na qual o Serpro auxiliou os colegas da aduana da Bolívia a subir uma rede de blockchain a partir do zero”, explica Rodrigo Carvalhaes, analista da Superintendência de Relacionamento com Clientes Econômico Fazendário do Serpro (Sunef) responsável pela coordenação do encontro.
O bConnect foi criado para garantir uma troca automatizada de dados aduaneiros entre empresas de diferentes nacionalidades autorizadas a realizar comércio exterior. Antes dessa tecnologia em blockchain, esses dados eram repassados, em grande parte, por meio de planilhas enviadas por e-mail. A plataforma trouxe agilidade, autenticidade e segurança para o compartilhamento desses dados.
Marco na cooperação internacional
As atividades da equipe boliviana tiveram início na segunda-feira, 11, com uma visita às instalações do Serpro, que contou com a presença do Subsecretário de Administração Aduaneira da Receita Federal, Jackson Corbari. “É um marco significativo na cooperação internacional: estamos estabelecendo mais uma parceria estratégica com o apoio essencial do Serpro para promover o uso da tecnologia blockchain na área aduaneira”, avaliou. O subsecretário também destacou a importância de se preservar, na adoção do blockchain por outros países, a soberania da infraestrutura tecnológica brasileira, garantindo a segurança e o controle sobre nossos sistemas.
“Essa capacitação técnica internacional entre Brasil e Bolívia é extremamente benéfica para a evolução e inovação da tecnologia de intercâmbio de informações em blockchain, além de ajudar a construir laços diplomáticos para o fortalecimento das nossas relações internacionais”, avalia a superintendente de Relacionamento com Clientes Econômico Fazendário do Serpro, Ariadne Fonseca. Segundo a superintendente, o Serpro possui equipe técnica especializada e está pronto para a troca de conhecimentos e experiências em um novo nesse paradigma tecnológico global com sistemas seguros, descentralizados, interoperáveis, transparentes e acima de tudo, soberanos.
Ao final, o grupo boliviano se mostrou bastante satisfeito com a imersão realizada no Brasil. “O ambiente, a equipe técnica e toda a atenção a nós dispensada estiveram acima das nossas expectativas. Agradecemos ao Serpro por todo o tempo gasto produzir esse resultado”, disse Carlos Monroy Gutiérrez, chefe de Departamento de Investigação e Desenvolvimento de Sistemas Aduaneiros da Bolívia.