Setor de saúde suplementar ganha 280 mil novos beneficiários em maio e registra queda nas reclamações em junho, aponta ANS

Foto por: Online Marketing/ Unsplash Images
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Em 12 meses, mercado ganhou 1,1 milhão de clientes; índice de insatisfação atinge menor patamar em dois anos

 A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou nesta semana os dados mais recentes do setor. Em maio de 2025, as operadoras de planos de saúde registraram um acréscimo de 280 mil beneficiários. No comparativo com o mesmo mês de 2024, o avanço é ainda mais expressivo: 1,1 milhão de novos consumidores aderiram à saúde suplementar no Brasil.

Com isso, o setor segue em crescimento contínuo e estável. Há dez anos, em maio de 2015, o número de beneficiários era de 50.122.664. Hoje, esse volume é cerca de 4,55% maior, enquanto a população brasileira, no mesmo período, cresceu 7,7%, segundo dados oficiais.

Além do aumento no número de usuários, a ANS também trouxe boas notícias sobre a qualidade do serviço prestado pelas operadoras. O Índice Geral de Reclamações (IGR) — principal termômetro de satisfação dos consumidores — caiu de 51,1 em maio para 46,3 pontos em junho, atingindo o menor patamar dos últimos dois anos. Em relação a junho de 2024, quando o indicador estava em 60,4, a redução é significativa.

O IGR reflete a proporção entre o número médio de reclamações e o total de beneficiários das operadoras. Quanto menor o índice, maior é o nível de satisfação dos consumidores. Segundo a ANS, o indicador foi desenvolvido para dar maior transparência às reivindicações registradas pelos consumidores nos canais oficiais da agência, funcionando como um termômetro da qualidade dos serviços prestados.

Para o advogado especializado em direito à saúde, Elano Figueiredo, os dados reforçam um movimento importante de amadurecimento do setor. “A redução do índice de reclamações pode estar ligada tanto à desaceleração dos reajustes, como dos cancelamentos unilaterais, sem perder de vista também uma aparente conformação nos entendimentos sobre temas sensíveis, como as terapias das crianças com atraso de desenvolvimento global”, afirma Figueiredo.

Entre os destaques do mês, está a NotreDame Intermédica, operadora do grupo Hapvida, que apresentou uma queda de 25% no número de reclamações. A SulAmérica, pertencente à Rede D’Or, também teve um desempenho positivo, com redução de 21% no ano e 3% na comparação com maio. Os dados chamaram a atenção de analistas do mercado, como o time do Itaú BBA, que apontou tendências positivas no relatório divulgado nesta terça-feira (8).

O cenário pode indicar os primeiros sinais da moderação nos reajustes — inclusive nos planos coletivos — e de uma possível melhora no diálogo entre operadoras e consumidores. “A expectativa agora é acompanhar os dados de julho para entender se a tendência de estabilidade e melhoria nos serviços se consolida”, conclui Figueiredo.

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