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Sindseg PR/MS vai proporcionar aos participantes do Brasesul uma viagem no tempo sob a perspectiva do seguro

Sindseg PR/MS vai proporcionar aos participantes do Brasesul uma viagem no tempo sob a perspectiva do seguro / Foto: Divulgação
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Maior e mais completa exposição sobre seguro já produzida no Brasil será exposta no Brasesul 2025 pelo Sindseg PR/MS

Quem for ao Congresso Sul Brasileiro dos Corretores de Seguros (Brasesul 2025), que acontece nos dias 20 e 21 de março, em Porto Alegre, terá a oportunidade de conhecer a incrível história do seguro no mundo e o desenvolvimento do setor no Brasil, impulsionado pelo associativismo.

“Seguro Através do Tempo” é a maior e mais completa exposição sobre seguros já produzida no Brasil. Foi montada por uma equipe de historiadores contratada pelo Sindicato das Seguradoras do Paraná e de Mato Grosso do Sul (Sindseg PR/MS) como parte das comemorações dos 100 anos de história do sindicato, comemorados em 2024. A Exposição ficará no foyer da FIERGS, uma espécie de lounge que fica antes da entrada para a feira.

São oito sequências de painéis com registros históricos, fotos e ilustrações muito bem dispostas com a linguagem atraente da publicidade. O visitante segue o circuito e vai conhecendo em ordem cronológica todo o processo de surgimento e amadurecimento do seguro no mundo até a constituição da primeira seguradora no Brasil, as primeiras modalidades comercializadas no país e o esforço de regulamentação e organização da atividade através das entidades representativas.

É na segunda parte da exposição, intitulada de “História Moderna”, que a trajetória do Sindseg PR/MS é contada junto com extratos interessantes da história do Brasil e do desenvolvimento econômico do Paraná.

Fotos e documentos revelam a formação das cidades do interior, ciclos econômicos, personagens marcantes, ações, eventos e leis determinantes para o setor, além do papel das seguradoras e do sindicato no desenvolvimento regional, finalizando a mostra com a importância dos corretores de seguros.

A exposição “Seguro Através do Tempo” já foi apresentada em cinco cidades paranaenses (Londrina, Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e Cascavel) e Porto Alegre será a primeira a receber a mostra além das fronteiras do estado.

Um historiador de Maringá chamado Miguel Fernando (proprietário da empresa Cidades Históricas) foi quem liderou a equipe de pesquisadores contratada para preparar essa exposição. Foram cerca de um ano e quatro meses de pesquisas e mais alguns meses de revisão e aprovação pela Diretoria do Sindseg PR/MS até a montagem dos painéis.

Séculos do mutualismo ao seguro

A linha do tempo da exposição vem desde as primeiras iniciativas de mutualismo 2.500 anos antes de Cristo, na Babilônia, com cameleiros que dividiam os prejuízos com os animais que morriam nas travessias do deserto. Mostra registros do compartilhamento de riscos também no Código de Hamurabi (Mesopotâmia 1772 a.C.) e na Lei de Rothes (Grécia 200 a. C.), que previa formas de remediar prejuízos em navegações quando era necessário se desfazer da carga para preservar a embarcação.

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Mais adiante na linha do tempo, é possível conhecer as origens do seguro de pessoas. A exposição mostra que no Império Romano (27 a.C. a 476 d. C.) foram criadas associações para defender interesses comuns. Collegia Tenuiorum visava, entre outras coisas, a criação de um fundo para cobrir despesas funerárias e o Militum concedia pensões para incapazes de exercer seu ofício devido a ferimentos em combate ou superação do limite de idade militar.

Outro ponto interessante dessa primeira parte da exposição mostra que o Seguro já foi um instituto condenado pela Igreja Católica. Em 1263, o Papa Gregório IX condenou uma prática muito comum na época, que era os empréstimos de dinheiro para comerciantes marítimos (Nauticum Foenus). Ele acreditava que essa espécie de acordo segurador se caracterizaria como usura ou sacrilégio, pois somente a vontade divina deveria ser capaz de minimizar as mazelas dos homens.

A exposição segue mostrando que a primeira apólice de seguro foi emitida em Gênova, na Itália, em 1347 cobrindo riscos marítimos, cita como foi a expansão dos seguros na Europa nos séculos seguintes até o surgimento da figura dos corretores de seguros, em Portugal (1578), e a criação da primeira companhia de seguros contra incêndios em Londres (1675), poucos anos depois de um mega incêndio que queimou mais de 13 mil casas na capital inglesa (1666).

A exposição “Seguro através do tempo” mostra como foi o início da atividade seguradoras no Brasil. Com a vinda da família real portuguesa ao país, em 1808, e a abertura dos portos, foi criada a primeira companhia de seguros em território brasileiro, a “Boa-fé”, que trabalhava com proteção marítima.

Conforme mostra a exposição, a primeira regulamentação do setor foi de seguros marítimos, em 1850, com a criação do Código Comercial Brasileiro, e cinco anos depois, surge no país o seguro de vida.

A partir de 1862, companhias estrangeiras passaram a atuar no país e, cerca de 30 anos depois, é criada uma legislação para determinar que os recursos obtidos com os prêmios de seguro de vida fossem constituídos como reservas do país.

O grande marco da regulação do seguro no Brasil foi o regulamento Murtinho (sobrenome do então ministro da Fazenda), em 1901, quando passou a ser regulamentada pelo Estado o funcionamento das companhias de seguro de vida, marítimas e terrestres.

Tempos Modernos

Já na segunda sequência de painéis, a exposição mostra como foi o surgimento do Sindseg PR/MS, em 1924, e a história da evolução da representatividade sindical patronal vai sendo apresentada através dos marcos históricos importantes e o contexto político e econômico no Paraná e no Brasil.

A exposição mostra que o Sindicato surgiu como um Comitê que representava também o estado de Santa Catarina. Alguns documentos são apresentados, como a primeira ata de reunião ainda escrita à mão, recortes de jornal com propagandas de seguradoras da época e imagem de Curitiba onde aparece uma fábrica de erva-mate, principal produto de exportação paranaense naquele período.

Entre os marcos importantes do setor, a exposição revela que em 1929, Washington Luís era o presidente do Brasil quando o Decreto 16.738 reestruturou a Inspetoria de Seguros, reforçando seu papel de fiscalização do funcionamento e saúde financeira das companhias.

Destaca também a criação do Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização (DNSPC), em 1934, entidade que seria substituída pela Susep mais tarde (1966), e a criação do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) em 1939. Entre as curiosidades do contexto regional daquele período da década de 30, mostra que algumas cidades do interior do Paraná, como Londrina, foram criadas por uma empresa britânica, a Companhia de Terras Norte do Paraná.

Nas décadas seguintes, é possível perceber pelas atas de reuniões do Sindseg PR/MS, o crescimento do escopo de representatividade das seguradoras. A exposição mostra que o Sindseg PR/MS discute com o governo redução de impostos, soluções para armazenar máquinas de beneficiamento de café no Porto de Paranaguá, analisa quais companhias seguradoras estariam aptas para assegurar a expansão da malha ferroviária, que permitiu o escoamento da safra e desenvolvimento econômico da Região Sul.

Na década de 40 é retratado pela exposição o Decreto Lei 2.063, que regulamentou a atividade seguradora no Brasil, bem como o Decreto 5.901, que criou a obrigatoriedade dos seguros contra risco de incêndio e transportes para comerciantes, indústrias e concessionárias de serviços públicos.

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O contexto histórico mundial do início da década de 40 é muito bem demonstrado com uma foto de uma enorme fila para comprar pão em Curitiba, com o texto de apoio explicando.  “Após declarar guerra contra as potências do eixo, o governo brasileiro instituiu uma espécie de Economia de Guerra, com intervenção estatal no controle e no racionamento de alimentos e combustíveis”.

A fundação da Fenaseg, em 1951, e carta sindical do Sindseg PR/MS, em 1952, também estão registradas na mostra, bem como a criação do Conselho Nacional de Seguros Privados (1966) e a fundação da Fenacor (1968).

Uma das curiosidades retratadas na exposição que entrelaçam a história do seguro e da política paranaense é a figura de João Elísio Ferraz de Campos, que chegou a ser governador do Paraná entre maio de 1986 e março de 1987. Dono de seguradora, João Elísio fez parte da diretoria do Sindseg PR/MS (1967-1969) evidenciando a envergadura e representatividade dos personagens que já compuseram as diretorias do sindicato.

Na história mais recente, a exposição apresenta as principais contribuições que os últimos governadores proporcionaram ao desenvolvimento econômico e social do Paraná. Mostra também as grandes iniciativas do Sindseg PR/MS como, a criação de uma comissão especial de análise de roubos de veículos (1983) e um fórum de debates sobre o tema. O projeto Viver Seguro (2009) realizou palestras sobre a importância da proteção seguradora para mais de 14 mil pessoas em 19 cidades do estado.

Finalmente nos últimos anos, a exposição retrata o processo de modernização do sindicato e as ações de promoção da cultura de seguros em virtude das comemorações do centenário da instituição. Além da exposição, o sindicato produziu um livro chamado “Legado Assegurado”, que conta a história do setor e está sendo distribuído para escolas públicas de todas as cidades paranaenses. Também foi editado um selo comemorativo dos Correios e criada uma medalha chamada “Rosácea Paranista”, para homenagear personalidades que contribuíram decisivamente para o desenvolvimento do setor. Estes símbolos do centenário do Sindseg PR/MS (livro, medalha e selo) também estarão expostos no Brasesul 2025 ao lado da exposição “Seguro através do tempo”.

Quem for ao evento, não pode perder essa oportunidade de reforçar o conhecimento sobre essa magnífica história do mercado segurador.

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