Para as seguradoras, pode ser uma oportunidade para se antecipar aos riscos em um mercado em que esse tipo de previsão praticamente não existe
A nova lei de licitações (14.133/21) trouxe mudanças importantes para a segurança dos processos de compras públicas em geral e em especial para contratação de obras por parte dos governos. Para as seguradoras, pode ser uma oportunidade para se antecipar aos riscos em um mercado em que esse tipo de previsão praticamente não existe.
A retomada do Minha Casa Minha Vida, pelo governo federal, e o aquecimento de outros programas estaduais de habitação, vêm abrindo oportunidades para o seguro garantia, ferramenta que garante que as obras contratadas pelas instituições financeiras serão de fato entregues pelas construtoras, livres de defeitos de qualquer natureza.
A Sombrero Seguros já atua de forma bastante estruturada no ramo do seguro garantia com produtos que incluem garantia de execução de término de obra, manutenção corretiva e de infraestrutura. Com o cenário proposto pela nova legislação, a empresa decidiu dar um passo à frente e estruturou uma equipe de monitoramento que vai a campo para verificar in-loco o andamento das obras seguradas. A primeira rodada de visitas aconteceu no terceiro trimestre deste ano. O objetivo é monitorar 10% da carteira em 2024.
“Como a Sombrero possui uma expertise muito grande no seguro rural, onde existe o hábito do monitoramento de risco, decidimos levar esse olhar para o seguro garantia, para a equipe se antecipar à ocorrência de sinistros”, afirma Daniel de Pauli, Head de Sinistros da Sombrero Seguros.
Segundo ele, esse trabalho de monitoramento de obras começa com a seleção da amostra da carteira, que leva em consideração critérios como: acúmulo por tomador, vigência, valor do contrato, entre outros. “Primeiro fazemos remotamente, contatamos o tomador para saber como está o andamento da obra, acessamos os relatórios de execução, se identificado algum desvio, aí vamos à campo”, detalha Pauli.
Por enquanto o monitoramento de obras da Sombrero não encontrou nenhuma situação crítica, que estivesse em vias de se tornar um sinistro “Nessa primeira fase tivemos resultados bons, identificamos alguns poucos casos com atraso, mas que acabaram se regularizando, deu tudo certo”, relata Pauli. “Esse tipo de atuação também tem um efeito sentinela, um senso de vigilância e a percepção de que a seguradora está próxima, cuidando do risco, para que tudo dê certo até o fim”, finaliza.