Catarinense evita mais de 537 toneladas de CO₂ em 2024 e se torna a primeira do Brasil a mensurar, com base em metodologia auditável, os benefícios sustentáveis de atendimentos virtuais em todo o país
A TopMed divulga um relatório pioneiro que mede o impacto ambiental dos atendimentos realizados via plataformas digitais. A companhia, referência nacional em telemedicina e telessaúde, em parceria com a CompenSAS, especializada em gestão de emissões, se tornou a primeira a mensurar, com base em metodologia auditável, a redução de Gases de Efeito Estufa (GEE) proporcionada pela telemedicina.
O relatório é resultado dos compromissos assumidos após o ingresso da empresa no Pacto Global da ONU – Rede Brasil. A companhia também é signatária do movimento ODS Santa Catarina, projeto social que visa cumprir com os acordos da Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável.
Sob a coordenação do Comitê ESG, a TopMed definiu metas e ações alinhadas a quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável prioritários: Saúde e Bem-Estar, Igualdade de Gênero, Ação contra a Mudança Global do Clima e Paz, Justiça e Instituições Eficazes.
Números pioneiros
De acordo com o relatório, somente em 2024, a atuação da TopMed evitou o deslocamento físico de 5,06 milhões de quilômetros, o que resultou na redução de 537,33 toneladas de CO₂, volume que corresponde a 65.808 árvores plantadas no período de um ano.
Esses dados são provenientes de 262.985 atendimentos, distribuídos em 814 municípios de todos os Estados, incluindo o Distrito Federal, e realizados por 577 profissionais de saúde em 33 especialidades. As principais áreas médicas foram: Médico generalista (88%), Médico Estratégia da Família (3%) e Médico Neurologista (cerca de 2%).
O número de atendimentos não corresponde à totalidade dos serviços prestados pela TopMed em 2024, mas apenas à parcela considerada auditável e rastreável, de acordo com a metodologia adotada. Somente em 2024, a empresa realizou mais de 1,2 milhão de atendimentos.
“Estamos orgulhosos em liderar o caminho da sustentabilidade na saúde digital do Brasil”, afirma Renata Zobaran, Chief Medical Officer (CMO) da TopMed. “Os números demonstram que a telessaúde, além de ser uma forma conveniente e acessível de cuidar da saúde, é uma ferramenta poderosa para reduzir nossa pegada de carbono e proteger o meio ambiente de fato.”
Panorama
A crescente preocupação global com as mudanças climáticas e a sustentabilidade tem impulsionado debates sobre soluções que conciliam saúde e preservação ambiental. O tema ganhou ainda mais relevância após a COP28, realizada em Dubai, em 2023, que trouxe à tona a urgência de ações estruturadas e destacou, pela primeira vez em sua história, a interconexão crítica entre saúde e meio ambiente.
Apesar de sua função essencial, o setor da saúde é um dos grandes responsáveis pelas emissões globais de gases de efeito estufa. Segundo a ONG Health Care Without Harm, se fosse um país,a área ocuparia a 5ª posição em emissões de gás carbônico no mundo, atrás apenas de China, EUA, Índia e União Europeia. Esse dado alarmante revela uma pegada ambiental superior à de nações como Rússia, Brasil e Japão.
Um dos pontos críticos, mas ainda pouco abordados nas discussões sobre meio ambiente, é a emissão de CO₂ gerada pelos deslocamentos de pacientes para consultas e procedimentos médicos. No Brasil, essa realidade é preocupante.
Dados do setor
Segundo o IBGE, o brasileiro percorre, em média, 72 km para acessar um atendimento em saúde. Quando se trata de cuidados especializados, a distância pode chegar a 155 km. Com mais de 2,8 bilhões de atendimentos realizados anualmente pelo SUS, esse cenário representa um volume expressivo de emissões de carbono.
Diante do desafio de melhorar o acesso à saúde e preservar a segurança dos pacientes, a TopMed tem investido fortemente em soluções que combinam inovação tecnológica e compromisso ambiental.
A expansão da telemedicina pela companhia reduz a necessidade de deslocamentos intermunicipais, muitos dos quais ocorrem em estradas brasileiras precárias e perigosas. Essa estratégia otimiza o atendimento pelo SUS, além de aumentar a segurança ao evitar acidentes envolvendo ambulâncias que transportam vários pacientes.
“Acreditamos que a tecnologia deve servir ao cuidado das pessoas e do planeta com o objetivo de construir um modelo de saúde mais sustentável, acessível e eficiente. Os resultados do relatório mostram que é possível promover qualidade, agilidade e responsabilidade ambiental em larga escala. Esse é o caminho da inovação com propósito, e estamos comprometidos em segui-lo e expandi-lo com ainda mais intensidade nos próximos anos,” diz Valda Stange, CEO da empresa.
A análise do impacto na telemedicina na sustentabilidade ambiental seguiu rigorosamente os princípios do GHG Protocol, o padrão global mais aceito para a contabilização e gestão de emissões de gases de efeito estufa.
“A nossa atuação na mensuração da não emissão de CO₂ para a TopMed é um passo significativo em direção à sustentabilidade, demonstrando o compromisso com práticas ambientais responsáveis. A saúde deve considerar seus impactos ambientais e sociais, utilizamos inovação e tecnologia para apoiar esses avanços”, diz Sabine Bolonhini, CEO da CompenSAS.
Próximos passos
A TopMed planeja integrar os sistemas internos ao dashboard CompenSAS, ampliando a rastreabilidade e a qualidade da informação ambiental. A empresa também pretende concentrar esforços em especialidades médicas com menor disponibilidade presencial, o que tende a elevar ainda mais o deslocamento evitado e, consequentemente, a economia de carbono.
“Como agentes transformadores da saúde, conseguimos demonstrar que é possível oferecer soluções de qualidade, com tecnologia, humanização e responsabilidade socioambiental”, sintetiza Valda Stange.