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Transporte é desafio no tratamento para metade das mulheres com câncer de mama, aponta pesquisa encomendada pela AstraZeneca

people in train during daytime
Photo by Dennis Siqueira on Unsplash

Novo levantamento do Datafolha revela as principais lacunas no apoio oferecido às mulheres que vivem com a doença no Brasil

O custo com transporte para tratamento impôs dificuldades para quase metade (45%) das pacientes de câncer de mama, revelou pesquisa inédita realizada pelo Instituto Datafolha, a pedido da AstraZeneca, para aprofundar a compreensão sobre os desafios enfrentados por mulheres com câncer de mama no país. O dado reforça a relevância de iniciativas como o recente anúncio do Ministério da Saúde sobre a criação de um auxílio financeiro voltado ao custeio de transporte, alimentação e hospedagem para pacientes em tratamento, com foco na ampliação do acesso à radioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O levantamento, que ouviu 241 pacientes com câncer de mama e 600 pessoas de suas redes de apoio por meio de perguntas estimuladas, destaca impactos emocionais, financeiros e estruturais que se somam à complexidade do tratamento clínico.

A falta de suporte emocional adequado é uma das principais lacunas apontadas: 43% das pacientes concordam que falta um espaço para trocar experiências com outras mulheres na mesma situação, um ambiente que poderia proporcionar acolhimento, identificação e fortalecimento pessoal. Essa carência se reflete também na escassez de suporte profissional adequado: 39% concordaram que sentiram falta de apoio profissional, como psicólogo ou psiquiatra. Em meio a esse cenário de isolamento emocional, uma em cada cinco mulheres (18%) já deixou de pedir ou recusou ajuda. Para a maioria delas (65%), o principal motivo foi o receio de sobrecarregar quem está por perto.

O impacto do câncer de mama também se estende à vida profissional. Entre as pacientes que estavam empregadas formalmente (também em regime MEI), 51% concordaram que, no momento do diagnóstico, não receberam apoio do empregador para ajustar sua rotina profissional à nova realidade: 66% delas concordaram que o trabalho remoto ou híbrido teria ajudado a conciliar o tratamento com a rotina profissional. Cerca de metade relatou que faltou flexibilidade de horários, revisão das metas e redução de cobranças.

“A jornada do câncer de mama vai muito além do tratamento médico. O apoio emocional, familiar, social e até profissional é fundamental para que as mulheres se sintam acolhidas e fortalecidas. A pesquisa do Datafolha não apenas traz um retrato sensível dessa experiência, mas também oferece evidências que podem orientar políticas públicas e iniciativas capazes de reduzir desigualdades no acesso ao cuidado”, afirma Marília Gusmão, diretora executiva de Assuntos Corporativos da AstraZeneca do Brasil.

Informação e personalização do cuidado

A importância da informação qualificada também foi evidenciada na pesquisa. Seis em cada dez pacientes concordaram que entender como a doença pode evoluir, bem como suas chances de recuperação e o impacto do tipo e subtipo de câncer no tratamento são informações que poderiam ter ajudado as pacientes em sua jornada. Por outro lado, a realização de exames capazes de orientar melhores desfechos para essas mulheres ainda enfrenta obstáculos, especialmente entre aquelas que dependem do sistema público.

A pesquisa revelou a dimensão da desigualdade no acesso à testagem genética: enquanto 62% das pacientes da rede privada afirmaram terem realizado o teste, apenas 16% das pacientes do SUS fizeram o exame, essencial para personalização do tratamento de mulheres que possuem alterações específicas no seu DNA.

Retrato sensível da rede de apoio

O estudo também buscou entender a experiência da rede de apoio, formada principalmente por familiares (69%) e amigos (31%). Quatro em cada cinco cuidadores não se sentem preparados para essa função, 73% concordam que falta suporte para dividir as responsabilidades, 45% apontaram ter negligenciado a própria saúde para cuidar da paciente e pouco mais de um terço se sentiu socialmente isolado durante o período de cuidado. Embora o papel de cuidador tenha trazido algum tipo de impacto negativo para a maioria, 81% reconheceram que essa vivência os aproximou mais da família.

Esse retrato sensível e abrangente reforça o compromisso da AstraZeneca com a equidade em saúde e com a transformação da jornada do paciente oncológico. A oncologia é uma das áreas prioritárias da empresa, que lidera no Brasil mais de 100 estudos clínicos em parceria com centros de referência, com o objetivo de desenvolver terapias inovadoras e eliminar o câncer como causa de morte.

Para Marília, a escuta ativa é um passo fundamental na transformação do cuidado. “Ao ouvirmos pacientes e redes de apoio, transformamos vivências em dados que ajudam a desenhar respostas mais efetivas, seja em políticas públicas ou na atuação de redes de apoio. Essa escuta ativa é essencial para promover um sistema de saúde mais integrado, equitativo e centrado nas pessoas”, completa.

Encomendada pela AstraZeneca, a pesquisa foi realizada pelo Instituto Datafolha com 241 pacientes diagnosticadas com câncer de mama – que iniciaram ou concluíram o tratamento – e 600 pessoas que compõem redes de apoio. As entrevistas foram aplicadas por meio de painel online com autopreenchimento, entre os dias 22 de setembro e 10 de outubro (pacientes) e entre 25 de setembro e 3 de outubro (rede de apoio), com abrangência nacional. A margem de erro máxima é de 6 pontos percentuais para a amostra de pacientes e 4 pontos para a rede de apoio, considerando um nível de confiança de 95%.

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