Pesquisas realizadas pela Kultua, peopletech brasileira pioneira em Diagnósticos de Cultura em profundidade, reforçam a importância de compreender a cultura instalada e o modelo ideal de trabalho a partir da escuta de colaboradores
Após realizar mais de 30 pesquisas de cultura personalizadas com os clientes, a Kultua, primeira peopletech brasileira especializada em Diagnósticos de Cultura personalizados e em profundidade para empresas e consultorias parceiras, finalizou um estudo no qual identificou um padrão de preferência dos colaboradores de diversas empresas quanto ao modelo de trabalho ideal. O levantamento, que escutou 3.128 profissionais entre os meses de janeiro de 2021 e outubro de 2022, reafirmou o desejo e a predisposição da maioria dos funcionários ao formato híbrido. Porém, a alternativa mais escolhida em todas as empresas – selecionada por 49% a 61% dos respondentes – foi o modelo “híbrido flexível”, quando não são definidos dias fixos para ir ao escritório.
Os dados ainda apontam que o modelo 100% remoto tem a segunda preferência dos participantes do estudo (de 23% a 41% das respostas). Já o modelo “híbrido fixo” aparece como a terceira alternativa (8% a 12% dos entrevistados). Por fim, apenas 3% dos colaboradores, em média, optaram pelo retorno ao modelo 100% presencial.
Segundo a CEO da Kultua, Lívia Brandini, a grande maioria dos colaboradores se adaptaram relativamente rápido ao trabalho à distância, mesmo que tenham apontado oportunidades de melhoria em ferramentas de comunicação, rituais internos de Gestão de Pessoas e integração entre equipes e áreas da empresa. Além disso, ficou provado que em alguns segmentos, mesmo em empresas com culturas mais tradicionais e que jamais pensaram nisso antes da crise, é possível alcançar produtividade e bem-estar no trabalho remoto. Agora, com a possibilidade de voltar ao escritório, as pessoas não querem abrir mão dos benefícios da flexibilidade conquistada e escolher o que julgam melhor para si e para os resultados do negócio.
“Boa parte das organizações teve um enorme desafio em manter os seus times engajados e conectados nos últimos três anos. No entanto, algumas áreas corporativas foram surpreendidas pela rápida adaptação de suas equipes. Ou seja, os colaboradores reconheceram que trabalhar em casa ou remotamente era viável. Essa experimentação, mesmo que inicialmente forçada pelas condições da pandemia, possibilitou a quebra de paradigmas e preconceitos com relação a esse tipo de mudança, flexibilizando de vez essa nova relação entre colaborador e ambiente de trabalho físico. Porém, o sucesso disso só é plenamente alcançado ao se trabalhar a cultura organizacional e a Gestão de Mudança de forma efetiva”, afirma. A gestão estratégica de cultura foi predominante para a rápida adaptação aos modelos híbridos
As pesquisas de cultura personalizadas da Kultua também indicaram que os colaboradores que atuam em organizações mais flexíveis tendem a experimentar mais autonomia no trabalho, maior performance e percepção de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Lívia Brandini explica que grande parte do sucesso obtido nos negócios durante o período da pandemia está atrelado ao bom relacionamento entre líderes e liderados e à percepção de alinhamento entre o discurso da empresa e suas práticas culturais internas. “Não basta as organizações investirem apenas em estratégias de marca empregadora ou selos; tornou-se imprescindível que elas promovam, de fato, melhores experiências de trabalho com base na consistência de suas ações, decisões e posicionamentos diários”, complementa Brandini. Por isso, o momento atual pede por investimentos em Gestão de Cultura para uma melhor Gestão de Mudança. “Uma equipe motivada e satisfeita entrega muito mais resultado para o negócio. E isto só é possível com uma boa gestão cultural. A maioria das corporações geralmente desconhece seus reais desafios críticos a serem priorizados e não pauta suas decisões ou investimentos a partir de métricas confiáveis e efetivas. Antes de definir o modelo de trabalho de sua empresa, é interessante olhar primeiro para dentro de casa para analisar os impactos dessa decisão. Não adianta querermos voltar 100% ao que era antes. O mundo mudou”, conclui.